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Imigração forçada


Publicado pela revista E, do SESC-SP, fevereiro 2005

Quando saltou no Porto de Santos, em 2001, depois de quase um mês viajando clandestinamente, o liberiano Joseph Small, de 43 anos, estava certo de que chegara a Miami. Lá, reconstruiria a vida, após passar pelo inferno de uma guerra civil que assola a Libéria há 16 anos. Uma coisa era certa: o inferno estava longe. No entanto, o destino sonhado também. “De dentro do navio eu ouvia as pessoas do porto falando uma língua que eu não reconhecia, mas achava que podia ser o inglês de Miami, que tem um acento diferente do falado na Libéria”, relembra. Não era. Era o português, língua que teria ainda muita dificuldade para aprender. Desde então, Joseph vive como refugiado, sob o abrigo do governo brasileiro.
As condições de vida das vítimas da chamada imigração forçada são hoje um dos principais assuntos na pauta da Organização das Nações Unidas (ONU). A complexidade da questão exigiu até a criação de um órgão, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), para refletir sobre os problemas relacionados ao assunto e buscar soluções para o destino dos que não podem viver no próprio país. No Brasil, o Acnur é representado desde 2004 pelo peruano Luis Varese. Para ele, o País possui uma avançada e bem elaborada legislação de refúgio, se comparada com a de muitas outras nações. “Ela possui critérios que outras legislações não possuem”, afirma Varese. “Por exemplo, o governo brasileiro também protege pessoas que pedem refúgio não apenas devido a uma perseguição individualizada por motivo de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, mas por se verem ameaçadas pela violência ou violação generalizada de direitos humanos, independentemente de seus atributos individuais.”
Faz-se necessário estabelecer, na maioria das vezes, o que significa ser um refugiado, já que esse grupo costuma ser confundido com quem opta por imigrar. Refugiado é aquele que foi forçado a deixar o país por temer por sua segurança. Em geral, são pessoas que fogem de guerras, ditaduras ou mesmo de situações adversas provenientes de racismo, perseguição religiosa, nacionalidade ou pelo crime organizado, como os colombianos que fogem por temer o narcotráfico. Uma vez reconhecido como refugiado, o indivíduo passa a ter os mesmos direitos que um estrangeiro legalizado no País.
Quando alcançam um território que as acolhe, essas pessoas deixaram para trás situações de extrema violência, perseguição ou terror. Mas também deixaram amigos, familiares, maridos e esposas. Alcançar um porto seguro é o passo mais premente, porém, é só o primeiro. Uma vez em terra, resta recomeçar a viver. Daí surge a importância do trabalho desenvolvido pelo Sesc São Paulo, por meio da unidade Carmo, em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo – organização, ligada à Igreja Católica, de atuação social – e o Acnur. A iniciativa, que completa dez anos em 2005, tem por objetivo principal a inserção social e cultural dos refugiados que chegam a São Paulo, e atende tanto aqueles que estão solicitando refúgio ao governo brasileiro quanto quem já é considerado refugiado.
Leia a íntegra em:

http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?Edicao_Id=209&Artigo_ID=3227&IDCategoria=278&reftype=2

Revista E

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