Pais devem ter cuidado na hora do recreio |
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Publicado pelo site Aprendiz 22/02/2005 |
(Rodrigo Zavala)
Enquanto as crianças brincam despreocupadas durante o recreio, pais e professores devem estar atentos quando o assunto é higiene bucal. Afinal, dentistas não cansam de lembrar que o lanche é um fator decisivo para o aparecimento de cáries.
Mas não são apenas nos hábitos alimentares - que possuem muitos produtos cariogênicos - que existe o perigo. A falta de acompanhamento e práticas preventivas de saúde potencializam os riscos de infeções bucais. Por isso, não apenas os pais, mas também as escolas, precisam ser mais atuantes, não se omitindo ao problema.
A preocupação, além de saudável, é imprescindível, quando são vistos os dados levantados pelo Ministério da Saúde. Segundo o recém lançado Relatório da Saúde Bucal do Brasileiro, a cárie atinge quase 60% das crianças de 5 anos de idade. O índice sobe para 70% entre as crianças de 12 anos e para 90% entre adolescentes de 15 a 19 anos.
Em média, uma criança brasileira de 3 anos ou menos já possui, pelo menos, um dente com experiência de cárie dentária e aos 5 anos esta média pula para quase 3 dentes atacados.
Longe da supervisão dos pais, algumas escolas começaram a se preocupar com a questão, em trabalhos que envolvem estudantes mais velhos, professores e programas de saúde. "As escolas devem investir em orientação e prevenção, principalmente com crianças das primeiras séries do ensino fundamental", acredita o dentista Luiz Scott.
Um dos exemplos ocorre no Colégio Marista Arquidiocesano, em São Paulo, que atende 3600 estudantes. De acordo com a assessora de Educação Infantil, Silvana Garuti, os trabalhos em saúde acompanham os estudantes por toda a sua vivência escolar. Quando se trata de higiene bucal, os jovens alunos são estimulados a ter uma alimentação saudável.
"Existe um acompanhamento para a limpeza, com palestras e vídeos. Além disso, as cantinas e os refeitórios seguem normas internas sobre quais produtos podem ser vendido aos aluno", conta a assessora. Pela regra, doces só uma vez por semana e muita fruta.
Outra escola que mostra interesse na questão é o Colégio Santo Américo, também em São Paulo. A instituição possui o Programa de Saúde e Prevenção às Drogas, que engloba estudantes desde o Ensino Infantil ao Médio. Como se trata de uma iniciativa visando maior qualidade de vida aos jovens, os temas são diversos e ganham complexidade dependendo da idade dos participantes.
"Nas séries iniciais existe todo um trabalho de higiene. Quando o aluno vai ficando mais velho, as discussões passam a ser uso de drogas e auto-medicação, por exemplo', explica o professor de química César Pazinatto, coordenador do programa. Segundo ele, além dos professores, estudantes voluntários da oitava série ainda ajudam no trabalho de orientação e prevenção. "Os alunos mais velhos ensinam os mais novos".
Fora do ambiente particular de ensino, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo anunciou que ainda está produzindo um material de saúde, que será entregue aos professores da rede pública de ensino. O Decreto 47.151, de 2002, criou um grupo de trabalho que envolve profissionais das secretarias de educação e saúde, de universidades como USP, Unesp e Unicamp, além da Associação Paulista de Cirurgiões Dentitas. A publicação, no entanto, ainda não tem data para seu lançamento.
Os pais devem estar mais atentos não apenas ao que seus filhos levam nas lancheiras, mas também como a escola pode ajudar na prevenção à cárie. Outro exemplo também, que ocorreu nas duas escolas citadas, é que pais dentistas voluntariamente ajudaram o corpo docente. Parcerias com universidades, chamando estudantes de ondontologia como apoiadores dos projetos de orientação à higiene bucal, também auxiliaram no trabalho.
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