Físico: descobrindo os mistérios da Natureza |
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Publicado pelo portal Universia Brasil 02/03/2005 |
Os físicos de todo o mundo comemoram em 2005 o Ano Mundial da Física. A data foi escolhida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) por marcar o centenário da publicação dos trabalhos de Albert Einstein, que mudaram a história da Ciência. No Brasil e em outros países, os eventos serão organizados com o objetivo de se pensar no futuro da profissão.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelos físicos, hoje a área vem obtendo um reconhecimento muito maior. "Ao contrário do que a maioria pensa, o físico exerce um papel muito importante no desenvolvimento do país, não é simplesmente um doido que vive fazendo pesquisas inúteis", conta o coordenador do curso de Física da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), José Guilherme Moreira.
De acordo com levantamento realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) em 2003, existem 67 cursos de Física em todo o Brasil. O total de matrículas feitas por ano é de 11.605, porém apenas 862 concluem a graduação.
O mercado de trabalho é amplo, mas se compõe principalmente de atividades de desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica, concentradas em Universidades e Institutos de Pesquisa. Pode também, assim que licenciado, trabalhar como professor de Física nos níveis de Ensino Fundamental, Médio e Universitário. "Para ser pesquisador é necessário o doutorado, mas para exercer a profissão de docente, basta a licenciatura", explica Moreira.
A graduação é voltada para estudantes que gostam de estudar e de fazer contas. Isso porque a grade curricular se resume a Matemática e Física. "Essa grade exige do aluno um esforço extra-aula. Por isso, o estudante deve principalmente gostar de estudar e ser bastante curioso. O curso é árduo, mas muito gostoso. Conhecer os fenômenos da natureza e saber o porquê do funcionamento das coisas, são fatores que fazem com que o curso se torne muito bonito", orienta o professor José Guilherme Moreira.
Os formandos da licenciatura ingressam na profissão com bastante facilidade. "Existe uma carência imensa de professores de Ciência no Brasil, em especial de Física. O INEP levantou que está faltando cerca de 50 mil professores no ensino desta disciplina no país", comenta o professor. Por isso, praticamente 100% dos recém-formados conseguem entrar na carreira acadêmica.
Já para quem escolhe atuar na área de pesquisa, o mercado é escasso e concorrido. Segundo o coordenador, isso acontece porque não são todas as indústrias que contratam físicos, por isso a pesquisa concentra-se apenas em universidades e centros especializados. "Isso restringe bastante a área de atuação do pesquisador, dificultando a entrada no mercado. Acredito que apenas 75% dos doutores passam a atuar na profissão".
O salário inicial de um licenciado em Física é no mínimo R$ 650. Já para os que decidem pela carreira de pesquisa, 80% recebem uma bolsa-auxílio de aproximadamente R$ 800, para a conclusão da sua Pós-graduação. Com o título de doutorado, o pesquisador passa a receber em média um salário de R$ 4.000. A cidade mais promissora para este profissional é São Paulo, devido aos grandes investimentos em pesquisas.
http://www.universiabrasil.net/preuniversitario/materia_profissoes.jsp?id=6341
Universia Brasil
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