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Como lidar com o plágio em sala de aula


Publicado no site Universia Brasil 08/03/2005

Com o advento da Internet, a cópia de trabalhos tornou-se mais fácil. Mas desde que existem livros, revistas e outras publicações, existe o plágio. Saiba como lidar com esse mal que assombra as salas de aula

Há mais ou menos dez anos surgiu um fenômeno chamado Internet. E com ela a facilidade de se copiar material para a elaboração de trabalhos escolares, uma prática condenável mas, nem sempre, fácil de identificar. No entanto, é necessário lembrar que desde que existem publicações - sejam livros, jornais, revistas, etc. - houve a possibilidade de cópia. A rede mundial de computadores e a Informática ao alcance das pessoas apenas facilitou esse processo.
A Internet é uma grande biblioteca na qual qualquer pessoa pode colocar um texto. Assim, como na biblioteca, é necessário que as pessoas saibam como se virar lá dentro, como olhar as referências de um livro, de revistas, como utilizar o material disponível e como manipulá-lo, já que isso também é necessário no plano virtual.
"É preciso difundir uma cultura de que cópia não se permite. O plágio existe, isso é algo fraco não só culturalmente, mas também juridicamente no Brasil", aponta o professor do departamento de Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília) Carlos Pio, que há quatro anos descobriu plágio com a ajuda da Internet em trabalhos de 11 alunos da pós-graduação e os reprovou.
Com a possibilidade de simplesmente mandar imprimir ou copiar eletronicamente um texto que está na tela do monitor - e que provavelmente apareceu após uma breve pesquisa em sites de busca como o Google -, o trabalho que o estudante deveria empenhar para realizar uma pesquisa escolar, leitura e escrita acaba sendo deixado de lado, já que a praticidade desse meio permite resultados muito rápidos sem grande esforço. O problema é que tal prática é errada e ilegal, já que a propriedade intelectual é sempre protegida, tanto pela lei como pelos princípios éticos e profissionais.
Mas, como os professores devem trabalhar essa questão em sala de aula? Como devem orientar seus alunos? "Uma das alternativas é que o professor trabalhe com conceitos, como a ética e moral com seus alunos", aconselha a professora do Departamento de Metodologia de Ensino da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) Regina Maria Simões Puccinelli Tancrede.
Além disso, o professor não deve simplesmente pedir determinado trabalho, dizer o tema e não dar nenhuma orientação. É necessário ensinar como se faz uma pesquisa na Internet, quais são os sites com conteúdo confiável, pois, segundo um levantamento recente feito pela Escola do Futuro da USP e pela intranet educacional Ensino.net, 10% dos sites brasileiros que se posicionam como conteúdo educativo, cultural ou artístico são de má qualidade.
Ensinar como se colocam referências bibliográficas em um trabalho, explicar as diferenças entre citação e paráfrase, discutir a questão da propriedade intelectual, quais são os princípios éticos que estão envolvidos na questão do plágio, tudo isso é fundamental para despertar nos alunos a vontade de fazer um trabalho. "Além disso, os professores devem ter o costume de ler os trabalhos que recebem. Eu desconfio que há por parte do professor um pacto de mediocridade. Quer dizer, o professor finge que ensina e corrige e o aluno finge que aprende", opina Pio.
Regina considera que se o professor for bem informado, vai conseguir dar informações adequadas aos alunos. "Se o professor não estiver acostumado a ler o trabalho dos alunos, a discutir e a comparar o trabalho de um com outro, ele vai ser enganado, talvez", aponta a professora da UFSCar.
Leia mais em:

http://www.universiabrasil.net/docente/materia_emdestaque.jsp?id=6387

Universia Brasil

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