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Integração de deficientes divide especialistas


Publicado pelo site Aprendiz 07/03/2005

Os limites da inclusão de alunos portadores de deficiência em classes regulares é um tema que divide grupos que trabalham com essa população.
De um lado, há os que defendem que é possível incluir, desde que isso seja feito com qualidade, todos os estudantes em salas regulares, não importando o tipo de deficiência. De outro, existem aqueles que defendem que, em alguns casos, é melhor para a criança estudar em uma classe ou escola especializada no atendimento àquele tipo de deficiência.
Na opinião do presidente da Federação Nacional das Apaes, Luiz Alberto Silva, dependendo do tipo de deficiência, a inclusão muitas vezes pode ser prejudicial para a criança.
"Quem defende que todos têm que estar sempre na mesma sala de aula são pais de classe média e ricos, que não conhecem as dificuldades das pessoas que estão abaixo da linha de pobreza. Nem todo deficiente mental tem síndrome de Down. Há diversos tipos de deficiência mental e, em alguns casos, não há benefício em ser incluído em escolas comuns", afirma Silva.
Para ele, num sentido mais amplo da palavra inclusão, é possível dizer também que um aluno portador de deficiência matriculado numa escola especial esteja incluído na sociedade.
"Se essas crianças forem para uma escola ruim e despreparada, certamente ficarão excluídas da sociedade porque não terão seus limites respeitados e não conseguirão acompanhar a turma. A escola especial vai continuar existindo porque ela ajuda a incluir a pessoa na sociedade."
Essa posição não é compartilhada por Cláudia Werneck, presidente da ONG Escola de Gente: "Quando a gente trabalha a inclusão, trabalha para que todos estejam na escola. Se começar a achar que tem que eliminar algumas pessoas desse processo, vou começar a adotar critérios profundamente subjetivos. Não acho que temos o direito de escolher que crianças poderão exercer plenamente sua cidadania".
Para ela, o argumento de que algumas crianças atrapalharão o desenvolvimento de uma turma regular não é válido. "Já ouvi dizer que uma aluna não podia estar na mesma sala de aula que os demais estudantes porque ela gritava e atrapalhava. Quer dizer então que ela pode atrapalhar os amigos com deficiência, mas não pode atrapalhar os sem deficiência? Nós temos que ter uma escola que traduza a humanidade do jeito que ela é", diz Werneck.
A secretária de Educação Especial do MEC, Claudia Dutra, concorda com Werneck: "O paradigma da inclusão pressupõe conceitualmente que todos, sem exceção, devem participar da vida escolar em classes comuns da rede regular de ensino. Uma escola inclusiva é aquela que abre suas portas para todos, sem exceções, discriminações e preconceitos. É aquela que acredita que todos são capazes de aprender".

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=7e841b5f0af4701001815338dc7adb0e

Folha de S.Paulo

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