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Própolis da Serra do Japi tem efeito cicatrizante


Publicado pela Agência USP de Notícias 21/03/2005

Os estudos realizados atestaram que o alecrim do campo é a origem botânica dessa própolis e que ela é rica em Artepillin C, que teve suas propriedades antimicrobiana, antitumoral e antioxidante comprovadas por estudos japoneses.
Os benefícios proporcionados pela própolis são bastante conhecidos pelo homem, que a utiliza desde a antiguidade. Na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, uma dissertação de mestrado estudou a própolis da Serra do Japi (região próxima à cidade de Jundiaí, em São Paulo) investigando sua composição química, sua fonte botânica e sua contribuição em processos de cicatrização.

"Resolvemos analisar a atividade da própolis sobre células de fibroblastos de camundongo", conta Cristiano Funari, autor do estudo. Segundo ele, o uso popular da própolis como cicatrizante é citado por muitos autores. "Contudo, ainda não há informação de que alguém tivesse investigado que mecanismo de ação poderia estar envolvido nesta suposta atividade biológica" diz. O objetivo foi montar um projeto cujos resultados pudessem contribuir para se estabelecer quais atividades biológicas corresponderiam a um tipo específico de própolis, em função de sua composição química e origem botânica.

Funari constatou que a origem botânica da própolis produzida nessa região é o alecrim do campo (Baccharis dracunculifolia). Nos estudos de influência da própolis sobre fibroblastos, realizados em parceria com a doutora Mônica Mathor (IPEN), constatou-se que algumas concentrações da substância aumentavam a quantidade dessas células. Mas, estatisticamente, essa proliferação não foi significativa. "Com base em nossos resultados e a partir de uma revisão bibliográfica, constatamos que provavelmente a própolis de alecrim do campo atua no processo de cicatrização indiretamente, tornando o ferimento asséptico e livre de inflamação patológica", explica o pesquisador.

Nos estudos químicos, Funari verificou uma grande variedade de substâncias fenólicas (flavonóides e ácidos fenólicos), com destaque para o alto teor de Artepillin C (5,48% sobre a própolis bruta). "Essa substância teve suas atividades antimicrobiana, antitumoral e antioxidante comprovadas por cientistas japoneses, que vêm tentando sintetizá-la", conta.

Origem geográfica
Segundo o pesquisador, há uma considerável quantidade de informações disponíveis na literatura, relativas a aspectos químicos e biológicos da própolis, porém sua aplicação terapêutica ainda pode ser considerada incipiente. Isto se deve, principalmente, à grande variabilidade de composição química em função da origem geográfica em que a própolis foi elaborada. "Em diferentes ecossistemas as abelhas recorrem a distintas espécies vegetais para extrair matérias-primas".

Na revisão bibliográfica realizada, porém, foi percebido que esta variabilidade não é tão grande assim. "É possível dividir o planeta em macro regiões, estabelecendo-se em que regiões as abelhas recorrem a plantas específicas. Isto permitiria se classificar as diferentes própolis por suas origens geográficas e botânicas, estabelecendo bases para uma futura padronização", explica o pesquisador. "A indústria farmacêutica conheceria quais atividades biológicas e composições químicas corresponderiam à própolis de determinada fonte." Funari destaca a falta de investigações mais amplas para uma mesma amostra, que contemplem estudos biológicos, botânicos e químicos.

Atualmente, Cristiano Funari planeja uma continuidade deste trabalho, já que, segundo ele, muita coisa ainda pode ser investigada deste produto tão valioso. Uma das hipóteses é trabalhar com própolis de diferentes regiões do Brasil, já que a mega diversidade brasileira deve prover inúmeros "tipos" de própolis, com propriedades biológicas e composições químicas diferentes. "Temos própolis de algumas regiões brasileiras que sequer foram estudadas

http://www.usp.br/agen/repgs/2005/pags/050.htm

Agência USP de Notícias

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