> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 16 de Maio de 2024
>> Notícias
   
 
Grupos vêem planeta extra-solar pela primeira vez


Publicado pelo Folha Online 23/03/2005

(SALVADOR NOGUEIRA)
Pela primeira vez na história, astrônomos conseguiram observar diretamente a luz vinda de planetas fora do Sistema Solar. É o que acabam de relatar dois grupos de pesquisadores, trabalhando independentemente.

Os dois feitos foram alcançados com a ajuda do telescópio orbital de luz infravermelha da Nasa, o Spitzer. Um dos grupos foi coordenado por Drake Deming, do Centro de Vôo Espacial Goddard, da agência espacial americana. O outro, liderado por David Charbonneau, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica. Ambos ficam nos EUA.

Os resultados abrem as portas da astronomia para uma empolgante nova era de pesquisa, em que será possível não só constatar a existência e a posição de planetas extra-solares mas também derivar características próprias desses astros, como a composição atmosférica e a temperatura.

Embora tenham sido anunciados conjuntamente, os dois estudos sairão em periódicos científicos diferentes. O trabalho de Deming deve figurar numa edição futura de revista britânica "Nature", com publicação on-line amanhã. Já o de Charbonneau aparece em junho no "Astrophysical Journal".

Nos dois casos, a descoberta é muito parecida. Usando diferentes instrumentos do Spitzer, eles mediram a luz de uma estrela não muito distante conforme o planeta passava por trás dela. Não se pode distinguir a fraca luz do planeta em meio ao brilho da estrela, mas é possível detectar uma ligeira redução no brilho total dos dois objetos quando o planeta está escondido.

Uma vez detectada a diferença entre a luz "planeta + estrela" e a luz "só estrela", os cientistas puderam distinguir as propriedades da radiação que vem especificamente do planeta. Mas só em infravermelho --freqüência em que o astro menor tem 0,25% do brilho da estrela.

Se fosse para tentar o mesmo na freqüência da luz visível, a diferença de brilho aumentaria para o patamar em que é quase impossível fazer a distinção: o brilho do planeta teria apenas 0,01% do da estrela.

Mesmo com infravermelho, o sucesso não veio com facilidade. "Note que a maior parte do estudo é dedicada ao tratamento matemático dos dados, quer dizer, mesmo com o Spitzer, eles devem estar tratando de coisas no limite", diz Cássio Leandro Barbosa, astrônomo do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP (Universidade de São Paulo), que não participou da nova pesquisa.

Informações

O método mais tradicional de observação de planetas extra-solares é o da medição da velocidade radial (nome feio para "observação de bamboleio estelar").

É uma técnica indireta, em que os cientistas vêem o quanto a estrela se move por conta da influência de um planeta ao seu redor. Com isso, é possível estimar, de forma aproximada e indireta, a massa e a órbita do astro, mas nada de seu "conteúdo". Daí a importância de detectar a luz vinda de um planeta, mesmo que não renda nenhuma imagem espetacular.

Com a luz, os pesquisadores podem procurar nela a "assinatura" de algumas das propriedades características da fonte luminosa. Os astrônomos já deram uma boa demonstração disso nessas primeiras detecções. Ambos confirmaram que essa classe de planeta, um gigante gasoso que orbita muito próximo à estrela, faz jus ao nome: "júpiter quente".
Leia mais em:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u13150.shtml

Folha Online

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader