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Pais precisam educar filhos na alimentação


Publicado pelo Folha Online 02/04/2005

(CAMILA MARQUES)
As escolas estaduais de São Paulo receberam, na semana passada, determinação para mudar ou substituir os produtos vendidos em suas cantinas. O objetivo é tornar a alimentação das crianças e adolescentes mais saudável. Na prática, com a nova regra, nada será proibido, mas o que será comercializado deve ter autorização da Associação de Pais e Mestres de cada instituição --pela lei, são essas as entidades responsáveis pela operação ou terceirização das cantinas.

Nutricionistas ouvidas pela Folha Online acharam a medida positiva, mas ressaltaram que mais importante do que mudar a oferta dos alimentos, o jovem precisa entender o porquê da substituição, qual é a importância de comer frutas em vez de fritura, por exemplo.

"Hoje em dia se inverteu o conceito de alimento. Quando se fala em comer verdura ou legume, logo se pensa na baixa caloria, na possibilidade de não engordar. Mas o objetivo da ingestão de frutas não é esse, mas sim o de nutrir o corpo, dar à célula o que ela precisa para funcionar bem. Não é uma questão de muita ou pouca caloria, mas de qualidade de nutrientes", afirma a nutricionista clínica Denise Madi Carreiro, integrante do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo (CRN 3).

Segundo ela, o fato de não se proibir a venda de itens como chocolates e balas, mas sim aumentar a oferta de produtos naturais, é um ponto positivo --os únicos produtos cuja comercialização é proibida sob qualquer circunstância dentro das escolas são cigarros, bebidas alcoólicas, remédios e produtos químico-farmacêuticos.

"Não adianta viver alienado. É só pôr o pé para fora da escola para o aluno encontrar todas as porcarias de sempre. O que precisa ser feito é uma educação alimentar. Ensinar que com verduras e legumes, o raciocínio fica mais rápido, o rendimento no futebol melhora, a força para correr aumenta. E isso precisa ocorrer com os alunos e com os pais deles", diz Denise.

A mesma opinião é compartilhada por Vanderlí Marchiori, nutricionista e fitoterapeuta ligada à Associação Paulista de Nutricionistas. "Não adiante proibir, porque tudo que é proibido gera uma maior expectativa de consumo e de transgressão. A medida mais eficiente é aliar a maior oferta de alimentos saudáveis à educação alimentar, para que eles mesmos [estudantes] se conscientizem de melhores escolhas", diz.

Segundo ela, a realidade é que hoje a alimentação das crianças e adolescentes baseia-se em alimentos prontos ou semi-prontos, ou seja, massas com molhos enlatados, sopas de pacote, pizzas, hambúrgueres. "Tudo bem comer isso, mas os pais precisam pensar no saldo final. Ingerir mais legumes, verduras e frutas para compensar o que não alimenta bem", explica Vanderlí.

A partir da qualidade da alimentação desde o período infantil, afirmam Vanderlí e Denise, é possível evitar o aumentos das chamadas doenças crônicas, que a cada dia atingem mais pessoas no mundo. "O índice de doenças de excesso de colesterol, pressão alta, hipotiroidismo, obesidade e até artrite reumatóide vem crescendo de forma alarmante entre a população, inclusive entre as crianças. E isso pode ser combatido por meio da educação alimentar", acredita Denise.
Leia mais em:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u17267.shtml

Folha Online

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