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Troca de cartas pode ser eficiente forma de ensino


Publicado pelo Aprendiz 05/04/2005

(Cristina Veiga)
Ilma, Ana Maria e Patrícia Pereira são professoras de português em escolas públicas de Minas Gerais. As três irmãs tinham um sonho: transformar suas aulas em momentos mais agradáveis para os alunos. Decidiram, então, montar um projeto muito simples de intercâmbio cultural - a troca de cartas entre alunos do ensino fundamental e médio de escolas de municípios diferentes.
O resultado foi um sucesso. O projeto, batizado de Intercâmbio Cultural Belo Horizonte/Jabó (MG), hoje envolve seis cidades, 11 escolas e, já capacitou 6.500 estudantes. No dia 19 de abril, o programa recebe o prêmio Péter Murányi 2005 de Educação.
Em demoradas conversas sobre o desinteresse dos estudantes pelas aulas, as três irmãs chegaram à conclusão que, se o aluno não tivesse um leitor de verdade - que não o professor - ele não se interessaria em produzir textos. Daí surgiu a idéia: por que não usar a troca de correspondência para incentivar esses estudantes a se interessar pela escrita? Logo veio a dúvida sobre o interesse que aquele meio de comunicação provocaria em um mundo ágil como a da Internet e de tantas outras tecnologias.
Mas, conhecedoras do entorno em que vivem e estudam seus alunos, as três irmãs acreditaram nesse simples meio de comunicação e iniciaram o projeto em 1997. "A carta faz parte da realidade mais próxima do aluno de periferia cujas famílias ainda mantém esta prática de escrita", explica a coordenadora do programa, Ilma Pereira Nunes Moreira.
Rapidamente, as professoras perceberam a preocupação de seus alunos com o sentido e a construção das frases. E, logo depois, notaram a mudança da relação do estudante com o conhecimento por terem se transformado em protagonistas do ensino.
"Os alunos se transformam porque começam a compreender o seu papel de cidadão nas tomadas de decisões dentro do projeto, adotam atitudes de solidariedade para com os correspondentes e para com os colegas; não concordam com injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito, não aceitando discriminação que se baseie em diferenças lingüísticas, culturais, religiosas, étnicas etc.", acredita a professora.
Mais que língua portuguesa, os alunos aprendem geografia (localização, ocupação e economia dos outros municípios); história (levantam dados sobre as próprias cidades e as dos participantes); meio ambiente (estudam sobre fauna e flora de seus lugares de origem); matemática (com trocas de desafios); inglês (algumas cartas são escritas em outro idioma); além de diversidade cultural, materiais recicláveis, cidadania, patrimônio público e privado.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=0f307a970af4701001dcceddfae5a6bd

Aprendiz

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