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Mudança de clima atrapalha rendimento escolar


Publicado pela ABN/Notícias 03/05/2005

A frente fria que chegou a São Paulo na última semana pôs fim aos dias de muito calor e trouxe finalmente a sensação de estarmos no outono. Os termômetros registram uma queda brusca de temperatura e as pessoas já sentem os efeitos desta mudança. Clima seco e maior poluição são alguns deles.

Nas escolas, já aumentou o número de crianças com problemas respiratórios. Com a brusca inversão térmica, muitos alunos passam a reclamar de indisposição e dificuldade para respirar. Tosse, nariz entupido, coriza, peito cheio são os sintomas mais comuns nesta época do ano. Isto acontece porque a temperatura mais fria facilita o aparecimento de alergias em quem tem predisposição a elas. A mudança de temperatura também abaixa a resistência do organismo que fica mais suscetível a contrair doenças que podem ir de um resfriado, sinusite, rinite alérgica, otites, bronquite asmática até uma pneumonia.

Além de deixar a saúde do aluno mais frágil, estes problemas podem, inclusive, atrapalhar o rendimento escolar. Pesquisas recentes mostram que crianças que apresentam dificuldades de respirar pelo nariz por qualquer razão, tendem a apresentar maior dificuldade em manter a atenção e serem mais indisciplinadas do que as outras. A explicação estaria no fato de ela dormir menos do que deveria ou dormir mal durante a noite reduzindo assim sua capacidade de concentração. Como o sono interrompido impede que o cérebro funcione de maneira adequada, acaba também prejudicando a memória. A fonoaudióloga Ana Maria Alvarez, que trata de crianças com déficit de atenção, conta que, em muitos casos, ao se investigar a origem da falta de concentração do paciente, descobre-se um problema respiratório. "Quando há este diagnóstico, é necessário ampliar a capacidade respiratória do nariz para que o déficit de atenção acabe", explica.

Ana Maria faz parte da equipe multidisciplinar que atende a escola de educação infantil Ponto Omega, localizada nos Jardins. A escola se destaca no trabalho preventivo que realiza na área da saúde com seus alunos. Além de vacinar as crianças contra a gripe todos os anos, após a autorização dos pais, o Ponto Omega também conta com o trabalho da fisioterapeuta respiratória Maria Aparecida Cerize. A profissional presta atendimento individual na escola quando há pedido do pediatra da criança. A sessão tem por objetivo melhorar a função respiratória e remover a secreção pulmonar. Para isto, além do inalador, ela utiliza técnicas diversas, como a tapotagem (percussão feita com as mãos em forma de concha sobre a parede do tórax) e a vibração e compressão torácica que auxiliam no deslocamento das secreções pulmonares. Outros exercícios, como o estímulo à tosse, fazem com que a criança expectore estas secreções. Maria Aparecida conta que muitos pais se surpreendem com a melhora imediata dos filhos. "As pessoas, geralmente, desconhecem o trabalho do fisioterapeuta pulmonar e não esperam um resultado tão rápido. Em muitos casos, as crianças estão tomando medicamentos há vários dias sem apresentar uma melhora significativa. Com o nosso atendimento, em poucas sessões as vias aéreas superiores são desobstruídas e o quadro inflamatório fica bastante reduzido", explica.

A fisioterapeuta também orienta professores, auxiliares e pais sobre como realizar a técnica de tapotagem e a observar alguns sintomas, como tipo de tosse e a coloração da secreção, que podem sinalizar um problema respiratório.

Segundo a pedagoga e diretora da escola, Maria Grupi, além de garantir uma recuperação muito mais rápida das crianças com problemas respiratórios, a intervenção também traz maior bem estar aos alunos que passam a ter mais disposição para aprender. "Este trabalho multidisciplinar favorece uma melhora completa. Cuidamos do corpo e mente do aluno e o resultado são crianças mais saudáveis e atentas", conclui.

http://www.abn.com.br/noticias1.php?id=26544

Agência ABN

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