Especialistas criticam as barganhas |
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Publicado pela Folha de S.Paulo 30/05/2005 |
Todos os especialistas em educação ouvidos pelo Folhateen acham que a barganha é prejudicial. "Os pais não deveriam estimular essa relação de compra e venda de favores, atitudes e comportamentos. É necessário educar com base em valores como a responsabilidade", diz a educadora Andrea Ramal.
A empresária Júlia, 32, que pediu para não ser identificada, está negociando uma viagem com a filha em troca de bom comportamento mesmo sem ser a favor da barganha. "Eu não gosto de barganhar, pois ela tem que ser bacana no dia-a-dia."
A psicóloga Silvana Martani acredita que não se pode negociar o básico, mas que há diferença entre barganha, regras e tratos. "Se o adolescente só pode sair depois de fazer a lição, é uma regra, por exemplo. Colaborar com a mesada para comprar o presente é um trato que pode ajudá-lo a dar valor às coisas."
A psicóloga Isabel Kahn também condena a barganha em geral, mas afirma que ela pode ser aceitável em alguns casos. "Dependendo da negociação, como aumentar a mesada se o filho ajudar a limpar o jardim, por exemplo, pode fazer sentido."
Para o psicanalista Roberto Graña, a barganha é negativa. "Tudo passa a ser feito para os outros, e o adolescente tende a se alienar daquilo que deveria fazer parte da sua vontade."
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/folhatee/fm3005200509.htm
Folha de S.Paulo
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