Discussão marca inicio da Semana do Meio Ambiente |
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Publicado pelo Aprendiz 02/06/2005 |
(Cássia Gisele Ribeiro)
"A Agenda 21 representou um movimento histórico na questão da preservação do meio ambiente no mundo. No entanto, é necessário que essas informações sejam repensadas e adequadas à realidade da sociedade atual". A afirmação foi feita por Maria Cecilia Pelicione, da Faculdade de Saúde Pública da USP, durante a mesa-redonda: "Agenda 21 e Sustentabilidade", que aconteceu no Instituto de Biociências da USP.
Maria Cecilia participou da construção da Agenda 21 Local para São Paulo, em 1994. A Agenda 21 Global foi um documento que resultou de discussões realizadas durante o encontro Rio ECO92. Já a Agenda 21 Local para São Paulo foi publicada em 1994, e abordou os mesmos temas, porém, adequou-os para a realidade da cidade de São Paulo.
Depois de contar um pouco da história da criação deste documento, palestrante afirmou que um documento público tão importante não pode ser simplesmente guardado na gaveta. "O documento foi criado há dez anos. O assunto amadureceu, e hoje sabemos que há muitas outras necessidades que não estão naquele referencial", afirma.
Para o professor Ricardo Orlando, mestre da Universidade de Campinas (Unicamp), a Agenda 21 é um documento histórico e importantíssimo, pois além de possuir uma importância para a preservação do meio ambiente, ele também foi inovador ao tratar da necessidade de municípios investirem em desenvolvimento sustentável.
"A humanidade está caminhando positivamente para uma relação mais responsável com o ambiente em que vive. Desde os anos 70, após as crises do petróleo e de escassez de energia, a sociedade percebeu que a natureza não proporcionará os mesmos recursos para sempre", afirma.
Orlando afirma que discussões como as de Estocolmo, em 72, Rio 92 e Rio+10 devem ser encaradas como um avanço, ainda que nessas ocasiões não tenham sido abordados todos os assuntos necessários. "A Rio+10, por exemplo, mostrou um avanço decisivo em relação aos eventos anteriores: conseguiu estabelecer uma discussão sobre questões ambientais mais realistas, considerando a situação econômica e social do país.
Para Orlando, o foco das discussões atuais deve ser a convivência em sociedade com os recursos naturais, como a água e o lixo, recursos que estão mais próximos da população. "Se antes as discussões estavam voltadas para a preservação da Mata Atlântica, dos animais em extinção, hoje elas devem se aproximar mais da realidade das pessoas", afirma.
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