> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
Estudantes compram tarefas pela internet


Publicado pelo UniversiaBrasil 06/06/2005

(Raquel Bocato)
Trabalhar durante o dia, estudar à noite e reservar o fim de semana para a elaboração de tarefas escolares. Com a internet, essa equação, antes tradicional entre universitários, vem sendo mudada por alguns estudantes.

Para garantir notas altas e o período de descanso intacto, há quem contrate serviços de um "ghost-writer" (escritor-fantasma, em inglês), que faz a pesquisa, redige o texto e cobra por isso.

"Não teria tempo para fazer uma parte do meu trabalho de conclusão de curso", alega o administrador P.J.A., 26. Com a ajuda de um colega que, na época, estava desempregado, finalizou sua graduação a tempo. Hoje, cursando mestrado, diz que não cogita pagar pela dissertação. "Aquele foi um caso atípico."

Tomar para si a autoria da obra de outro é crime. "Por lei, não se podem ceder direitos de autoria", explica a presidente da Comissão Especial de Propriedade Imaterial da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo.

Os incautos estudantes podem ser enquadrados por falsidade ideológica. "O acusado pode ter de fazer trabalhos comunitários", ressalta a presidente da Associação dos Advogados Criminalistas de São Paulo, Vitória Nogueira.

O risco de ser pego em flagrante pelos professores não intimida o universitário J.R., 28, que utiliza o serviço de empresas especializadas até nos trabalhos em grupo.

Pelos colegas, conheceu os "benefícios" de um site de tarefas escolares. Com R$ 39,90 por ano, o aluno tem direito a consultar -e a copiar- 150 textos ao mês entre os mais de 13 mil disponíveis.

Há pouco tempo, na porta da faculdade, recebeu um panfleto com propaganda sobre serviços de elaboração de monografias.

"Agora, pagamos a uma pessoa para que ela faça toda a pesquisa e elabore o texto", afirma. A qualidade do serviço é assegurada: "Ela é professora universitária".

Culpa do professor Trinta e cinco reais. Esse foi o montante pago pela matemática G.A.V., 24, no ano passado. "O professor tinha boa vontade, mas era ruim mesmo, não tinha didática", explica a profissional.

Como muitos não haviam obtido boas notas, tiveram de entregar um trabalho com base em uma lista de exercícios. Os colegas de turmas mais veteranas socorreram. Todos foram aprovados.

Mas nem tudo é tão simples no mercado de monografias. Alguns educadores estão atentos a trabalhos comprados pela internet.

É o caso do professor da UnB (Universidade de Brasília) Carlos Pio, que, há três anos, desconfiou de um texto "muito bom e sem nenhuma referência bibliográfica". Apelou para a internet: digitou algumas palavras e chegou a páginas com o trabalho.

Além de reprovados, os alunos foram expulsos do curso de pós-graduação. Recorreram à Justiça e perderam em todas as instâncias. "Parei de dar trabalhos no curso. Agora, todas as avaliações são feitas por meio de provas", conta.

http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jsp?not=22999

Folha de S.Paulo

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader