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Comunidade tira paciente da depressão


Publicado pelo Aprendiz 07/06/2005

(Cristina Veiga)
A fórmula parece simples, mas psiquiatras e psicólogos acabam de começar a fazer uso dela: tirar o paciente da depressão através da comunidade. Isto significa levar o depressivo a refazer uma rede de relacionamento perdida por causa da doença. Para isto, ele é levado a uma prática cada dia mais rara nas cidades grandes: conhecer pessoas e lugares do bairro. É o que fazem 10 profissionais da área de saúde mental que se juntaram para montar o Projetos Terapêuticos, implantado na capital paulista há pouco mais de quatro anos.

O paciente que chega àquela casa simples, estrategicamente instalada perto de uma tranquila praça, não imagina que em pouco tempo dará bom dia ao pasteleiro da esquina e boa tarde ao revisteiro que fica a alguns passos dali. Mais que isso: não tem idéia que o projeto daqueles profissionais é levar o paciente a produzir algo de interesse da sociedade local. Não importa o quê, mas algo que leve o doente a ter um vínculo os vizinhos do lugar. Seja aprendendo marcenaria, seja fazendo cachecol.

"Nós ajudamos o paciente a fazer um projeto de vida. Não adianta só tirar o paciente da crise. É preciso dar um sentido para a vida dele", acredita o coordenador do grupo, o psiquiatra Moisés Rodrigues da Silva Júnior. "A saúde é um bem social. Não um bem privado. A melhor maneira de tratar um louco é fora do manicômio", argumenta referindo-se a pessoas com transtornos mentais mais graves. Para ele, não importa se a doença atingiu níveis mais complicados, o tratamento é basicamente "a trama de rede viva dentro do território".

Para evitar recaídas, o médico diz que a grande preocupação do grupo é com o que chamam de passagem: quando a pessoa já está curada e precisa sair do casulo em que se meteu durante toda a doença. A caminhada pelo bairro, o projeto de vida, a conversa em grupo e a teia de relacionamentos externos já foram aplicados aos 35 pacientes que passaram pelo Projetos Terapêuticos. Sem abandonar o tratamento clínico, os doentes têm respondido bem ao tratamento a que se submeteram.

"Nós procuramos dosar o projeto individual com o do grupo", afirma a psicóloga Roberta Keldy responsável pelos contatos no bairro. O trabalho dela é também conhecer cada dia mais gente e estabelecimentos da região para, mais tarde, levar os pacientes a fazer esse vínculo. Como na outra ponta desse tratamento estão pessoas que nunca lidaram com pacientes com problemas mentais, o grupo montou um outro projeto - Quebrando o Silêncio - no qual querem ajudar as escolas locais a trabalhar com as diferenças.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=537d32bb0af4701000df0438fe5079fa

Aprendiz

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