Arte-educação não serve apenas à inclusão social |
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Publicado pelo Aprendiz 08/06/2005 |
(Mariana Gallo)
“A atividade artística não deve ser vista apenas como objeto de inclusão”, acredita Roberta Puccetti, diretora da Faculdade de Artes da PUC de Campinas. Segundo ela, a inclusão do deficiente físico através da arte ajuda não só no ambiente social, mas também no desenvolvimento físico e psicológico do portador de necessidades especiais.
Ela explica que no trabalho em pintura e a cerâmica há o esforço físico e psicológico para que o aluno conclua o trabalho. “Para o deficiente mental é um trabalho muito grande para se chegar ao resultado final de um trabalho; esse esforço já é importante para ele”, explica.
Segundo ela, todo o trabalho de arte deve visar a qualidade, o desenvolvimento e os avanços alcançados durante sua realização. “É muito ruim quando a pessoa vê o trabalho de um deficiente e aplaude somente a ele, o que as pessoas tem que aplaudir é a evolução que ele teve e a perspectiva e a qualidade com que ele fez o trabalho”, afirma.
A busca de conhecimentos para lidar com um deficiente dentro de sala de aula foi outra questão levantada pela professora. Segundo Amanda Tojal, diretora de arte da Pinacoteca de São Paulo, muitos profissionais saem das faculdades despreparados para receber um aluno deficiente e por isso o ensino acaba prejudicado. “Hoje em dia é essencial que um aluno já sai da faculdade sabendo como vai ensinar um aluno deficiente em sala de aula”, reforça.
Ainda segundo ela é necessário que as escolas busquem orientação para a questão. “É muito importante que o professor e a escola busquem ajuda e orientação tanto de pais, quanto de psicólogos e terapeutas para incluir o aluno de maneira que não o prejudique e sim que ele evolua” explica.
Amanda também ressalta a importância dos educadores não só dentro da escola, mas também nos espaços públicos de arte como museus e galerias de arte. Ela explica que é muito importante ter educadores nesses locais, pois o educador é o elo inclusão entre o deficiente e a arte. Um exemplo dessa inclusão dado pela a professora, é o projeto da Pinacoteca do Estado de São Paulo que durante a visita dos deficientes, educadores dão aula de arte e reproduzem obras para que sejam tocadas por deficientes visuais.
http://www2.uol.com.br/aprendiz/guiadeempregos/eficientes/noticias/ge070605.htm
Aprendiz
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