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Nélida Piñon vence o Astúrias


Publicado pelo O Estado de S.Paulo 16/06/2005

Escritora é premiada pelo caráter mestiço de sua obra
(Ubiratan Brasil)
Depois de receber o Prêmio Internacional Menéndez Pelayo, concedido pela universidade espanhola que tem o mesmo nome, em 2003, a escritora Nélida Piñon voltou a ser valorizada pela cultura da Espanha. Por sua "incitante" obra narrativa, artisticamente sustentada "pela realidade e a memória" e também pela "fantasia e pelos sonhos", a autora foi anunciada ontem como a vencedora do Prêmio Príncipe de Astúrias das Letras, dotado em 50 mil e anunciado na cidade de Oviedo.
Ainda segundo o documento, os trabalhos de Nélida Piñon, a primeira mulher de língua portuguesa a ser homenageada com o prêmio, agregam várias tradições literárias, "formando uma teoria única de mistura". "Foi importante ver que o júri destacou esse aspecto da minha obra", comentou Nélida, no Rio. "São palavras que definem minha fé na humanidade. Somos mestiços, somos latinos, somos ibéricos e somos africanos."
Segundo o júri, a obra da escritora brasileira, publicada em mais de 20 países e traduzida para dez idiomas, "transladou ao âmbito universal a complexa realidade da América Latina com um prosa rica em registros que incorpora com extraordinário brilho as distintas tradições e raízes culturais do continente latino-americano".
Nascida no Rio em 1937, Nélida foi a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, na qual ingressou em 1989. Autora de A República dos Sonhos (1984), sobre o êxodo dos emigrantes galegos, e Guia Mapa de Gabriel Arcanjo (1961), que começou a escrever aos 10 anos, Nélida passou muitos anos lendo o livro sagrado dos muçulmanos e estudando a história e a mitologia dos povos do Islã para escrever Vozes do Deserto (Record), lançado no ano passado, em que narra a saga da princesa Xerezade que, para não ser morta pelo califa, inventa histórias que resultaram na saga das Mil e Uma Noites.
Apontada como uma das escritoras mais importante de sua geração, Nélida derrotou, na reta final do Prêmio Astúrias, os americanos Paul Auster e Philip Roth e o israelense Amós Oz.

http://txt.estado.com.br/editorias/2005/06/16/cad007.html

Agências EFE e Ansa

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