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Pesquisa analisa a mesa do latino-americano


Publicado pelo Aprendiz 20/06/2005

(Mariana Gallo)
Embora a América Latina seja rica em diversidade de frutas, legumes, carnes e vegetais, o consumo de proteínas de origem animal não chega a 30 gramas por habitante. Segundo uma pesquisa realizada pela engenheira de alimentos Maria de Fátima Archanjo Sampaio, que analisou 23 países da América Latina, apesar de ser rica na produção de alimentos, não há incentivos para o consumo daqueles ricos em proteínas.
"Muitos países privilegiam mais as monocultoras (cultivo da terra) do que as pisciculturas (cultivo do peixe)", explica a pesquisadora. Ainda segundo ela, em países como Haiti, Guatemala e Nicarágua o índice não chega nem a metade do patamar recomendado pelas organizações internacionais de saúde.
Na América Latina há exceçoões como Brasil, Argentina e Costa Rica que detêm 11% em índice de subnutrição (em relação a alimentos com proteínas de origem animal) pouco abaixo da média mundial, que é de 13%. "O índice é relativamente bom, porém quando comparados à disponibilidade de frutas, legumes e peixe que esses países oferecem poderia ser bem maior", afirma a pesquisadora.
A pesquisa que analisou a produção e a disponibilidade de alimentos nos países latino-americanos revelou que, com relação ao consumo de açúcar e óleo vegetal, o Brasil é o campeão com 50% acima do recomendado. Segundo Maria de Fátima Sampaio, há uma taxa de 70% de sobrepeso da população brasileira, o que pode ser justificado pela grande oferta desses produtos.
Com relação às calorias, o Brasil fica ao lado do Equador, Cuba, Costa Rica e Republica Dominicana todos com valores calóricos acima do recomendado. O dado se justifica pela grande oferta de produtos como arroz, feijão, açúcar e óleos vegetais que, segundo a pesquisadora, têm altos valores calóricos e que não contém todas as proteínas necessárias para o ser humano.
"Esses produtos de origem vegetal ou de fontes não convencionais apresentam deficiências de aminoácidos essenciais, e por estarem acompanhadas de substancias tóxicas ou de inibidores de enzimas protéticas podem trazer problemas nutricionais", explica Fátima Sampaio.
A pesquisadora afirma que os produtos de origem pecuária (carne, leite, ovos e peixes) fazem a diferença entre os países. Como a disponibilidade deles é maior em países como Argentina, Chile e Costa Rica, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) está muito próximo ao de países de primeiro mundo. "No Brasil esses produtos devem ser levados em consideração na política de elaboração de desenvolvimento humano", sugere.
Fátima Sampaio aponta também que o desequilíbrio na alimentação dos latino-americanos se dá pelas mudanças na cultura, pois há pouco tempo destinado à alimentação devido ao excesso de trabalho, fazendo com que as pessoas não se preocupem mais com a qualidade do prato ou com o ato de comer. "É importante que as pessoas voltem a ver a alimentação como um ritual importante, isso ajuda muito a melhorar a qualidade do que as pessoas comem", finaliza.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=870e16b50af47010005f2db0e33ebfcc

Aprendiz

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