Educação pública na pauta da mídia brasileira |
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Publicado pela ANDI 15/07/2005 |
Crianças e adolescentes de baixa renda nas páginas dos cadernos policiais, retratados como ameaça ou como vítima da violência cotidiana. Os ricos nos cadernos de economia ou variedades, vinculados à discussão sobre o valor da mensalidade nas escolas particulares. Assim eram retratados na mídia, até 1990, a população com menos de 18 anos, segundo avaliação da jornalista Âmbar de Barros, fundadora da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI). Para ela, a cobertura da mídia sobre a infância e adolescência foi radicalmente alterada desde a década de 90. Resultado do mesmo movimento que culminou na aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e na criação de entidades de defesa desses direitos, como a própria ANDI. “A grande discussão da imprensa era a questão da mensalidade escolar, um assunto que só interessava à burguesia, uma ínfima minoria de jovens que estudava em escolas privadas. Era uma cobertura afastada da realidade”, ressaltou. De acordo com a jornalista, tendo por base o monitoramento feito pela ANDI em 61 periódicos brasileiros, a cobertura da área da infância cresceu em quantidade e qualidade desde 1996. A Educação pública ganhou espaço frente a privada. Entre 2002 e 2003, o aumento do número desse tipo de matérias foi de 17,9%. Em 2004, o aumento foi de 31,07%. “Hoje, a coisa se inverteu, já que 95% das crianças e adolescentes estudam em escolas públicas. Educação é um tema que deve interessar a todo mundo, e tem que ser abordado com profundidade. Não é um evento, é um processo”, disse. Apesar de tantos avanços, ela ressalva que muito ainda precisa ser feito e o desafio agora é qualidade em todas as áreas ligadas à infância e adolescência. “Infelizmente, a realidade das crianças e adolescentes brasileiros não se alterou em qualidade como ocorreu em relação à mídia”, constatou.
http://www.andi.org.br/noticias/templates/clippings/template_infancia.asp?articleid=8011&zoneid=2
O Povo - CE
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