Biometria do futuro já é realidade no Brasil |
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Publicado pelo UOL/Educação 22/07/2005 |
(Bruno Aragaki)
Para entrar ou sair de casa, você vai colocar o dedo em um leitor digital, e a porta se abrirá. No caixa eletrônico, bastará olhar para o leitor de íris para que o dinheiro seja liberado. E, à noite, haverá no balcão do bar outro leitor de digitais para contar quanto você consumiu. No futuro? Não exatamente. Esses são casos levantados pela reportagem do UOL de aplicações já em desenvolvimento no Brasil. Biometria eletrônica é o nome da tecnologia, usada para identificar pessoas e até há alguns anos só vista em filmes de ficção científica. Nesta reportagem especial, mostramos os casos em que ela já é usada e como ela funciona (veja nos links à direita).
Bruno Aragaki/UOL
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Antes, uma explicação básica: a biometria parte do princípio de que certos traços físicos (como voz, formato do rosto, íris e digital) e alguns traços comportamentais (a maneira de assinar é o mais comum) são exclusivos de cada pessoa. Isto é, o desenho da sua íris não é igual ao de mais ninguém, ou ainda, o timbre da sua voz é único. Leitores e sensores biométricos, ligados a softwares que reconhecem e comparam padrões, usam esses traços para identificar indivíduos. As aplicações dessas tecnologias, como se pode imaginar, são inúmeras (veja uma lista).
"Em vez de milhares de senhas, você pode usar o dedo para acessar o computador", diz André Diamand, sócio-fundador da empresa Future Sucuirity. Segundo especialistas, a comodidade é um dos maiores atrativos da biometria, principalmente para o usuário doméstico. Um scanner de impressão digital ligado ao computador, ou um mouse equipado com um sensor desse tipo, pode eliminar o trabalho de digitar login e senha nas contas de e-mail e em tantas outras aplicações.
Segurança
A segurança é outro ponte forte da biometria. Como as características analisadas pelos dispositivos são únicas -e estão no corpo-, as possibilidades de fraudes são muito menores.
Foi o que levou o Detran-SP a adotar identificação biométrica por impressão digital nas aulas teóricas, desde o dia 18 deste mês em todo Estado. Com a medida, o órgão pretende acabar com casos de auto-escolas que, segundo denúncias, venderiam a carteira de motorista e dispensariam os candidatos das aulas.
"Além de certificar que o aluno freqüenta o curso, teremos como garantir que a carga horária está sendo cumprida. Os alunos terão que colocar o dedo no sensor na entrada e na saída das aulas", explica Rafael Rabinovici, o delegado diretor da divisão de habilitação do órgão.
Segundo apurou a reportagem, durante a semana em que medida entrou em vigor, algumas escolas adiantavam o relógio dos computadores para driblar a rigidez do sistema. "As falhas do sistema serão corrigidas na medida em que forem descobertas. Os ajustes necessários serão feitos", afirmou Rabinovici. (Entenda como funciona o sistema biométrico do Detran-SP).
http://tecnologia.uol.com.br/especiais/ultnot/2005/07/21/ult2888u70.jhtm
UOL/Educação
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