Redução da violência em área Escola da Família |
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Publicado pela Folha Online 19/08/2005 |
O projeto Escola da Família, que completa dois anos de existência no próximo dia 23, fez com que os índices de violência na vizinhança das escolas caíssem em 36% em todo Estado de São Paulo, segundo levantamento da Secretaria de Educação.
O programa atende atualmente cerca de 11 milhões de pessoas por mês nas 5.306 escolas da rede estadual em 645 municípios. Pelo projeto, o espaço físico das escolas é usado nos fins de semana para a prática de lazer, esporte, cultura e orientação de saúde e profissional para a comunidade.
"Não são só os alunos matriculados nas escolas que podem usufruir das oficinas, mas todos os moradores da comunidade. Incluindo diversas faixas etárias, diferentes gerações e portadores de necessidades especiais", disse Cristina Cordeiro, coordenadora do Escola da Família.
De acordo com a secretaria, a queda no índice de violência foi baseado em dados computados pelas escolas estaduais. As informações são passadas à Secretaria de Educação, que insere todos os registros --incidentes ou crimes contra o patrimônio ou pessoa-- em uma central de dados informatizada. O levantamento não é feito em conjunto com a Secretaria da Segurança.
Após uma comparação com os registros realizados antes da criação do projeto, foi constatado uma redução de 46,5% nas agressões físicas, 45% em casos de furtos e 81% no porte de drogas. Na vizinhança das escolas, os índices gerais de violência foram reduzidos em 36%.
Atividades
O programa Escola da Família, que ocorre nos sábados e domingos das 9h às 17h, conta com 5.306 educadores profissionais, 40 mil voluntários, 5.306 diretores ou vice-diretores de escolas, 89 supervisores de ensino, 89 assistentes técnico-pedagógicos, 315 coordenadores de área, 89 dirigentes regionais de ensino e 30 mil universitários.
"Os universitários organizam as oficinas, coordenam as quadras de esportes e ajudam as crianças nas suas atividades. Eles não se dedicam só naquilo que eles estão aprendendo na graduação, mas também ajudam a criar novos talentos ao ensinar o que já aprenderam fora das universidades. Os jovens dividem os seus talentos com outras pessoas das comunidades", disse.
O programa, que foi elaborado pelo secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita, também conta com o auxílio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e do Instituto Ayrton Senna.
Segundo a secretaria, o governo pretende expandir o projeto para as escolas municipais --300 cidade já estão interessadas. Atualmente, o Estado gasta R$ 184 milhões por ano para manter as atividades.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u17711.shtml
Folha Online
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