Criança tem que ter contato com a natureza |
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Publicado pelo Aprendiz 02/09/2005 |
(Karina Costa)
"A escola prioriza o ensino segmentado, o conhecimento teórico e a memorização. Além de discutir educação ambiental de forma interdisciplinar, é importante que as crianças sejam levadas a campo para ter contato físico com a natureza", defendeu a educadora ambiental do Instituto 5 Elementos, Mônica Borba, durante debate na III Semana de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Temas atuais como a Tsunami, a passagem do furacão Katrina por Nova Orleans (EUA) e até a temperatura elevada na região de São Paulo esta semana devem ser discutidos em sala de aula. "Não basta reverenciar a natureza, dizer que ama e não discutir estas questões", defendeu a socióloga da Unesp de Araraquara, Dulce Whitaker.
"Deixar de estudar atualidades é como o estudo deficiente de história nas escolas. Cerca de 95% das aulas falam do passado e pouco se estuda sobre o presente", reclama. "Mas claro que não podemos colocar nos alunos a responsabilidade de resolver os problemas ambientais. Temos que conscientizá-los, pois estão vulneráveis a essa sociedade de consumo que produz e consome completamente despreocupada com os impactos no ambiente".
Para os especialistas, a questão do meio ambiente deve ir além das discussões sobre devastação ambiental. Todas as disciplinas podem, por exemplo, ensinar sobre química com os alimentos industrializados. Assim as crianças aprenderiam que, além de fazer mal à saúde, ocasionam poluição e agressão ao meio ambiente. É o caso das embalagens descartáveis que demoram a se decompor.
Vários problemas impedem a discussão interdisciplinar nas escolas e esta relação de trabalho é o grande desafio da educação. O primeiro passo seria engajar numa espécie de paradigma multi-cultural com participação em fóruns, grêmios escolares, associações. O segundo seria ensinar aos próprios professores educação ambiental. A Rede Paulista de Educação Ambiental está concluindo uma pesquisa onde os docentes reclamam da falta de informação. "Os professores estão pedindo formação," disse a socióloga.
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