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75% não sabem ler direito


Publicado pelo O Estado de S.Paulo 08/09/2005

É o que mostra pesquisa do Ibope sobre analfabetismo funcional. Números mudaram pouco em 4 anos
(Renata Cafardo)
A terceira pesquisa realizada no País sobre analfabetismo funcional mostra que 75% da população não consegue ler e escrever plenamente. O número inclui os analfabetos absolutos - sem qualquer habilidade de leitura e escrita - e os 68% considerados analfabetos funcionais, que têm dificuldades para compreender e interpretar textos. Os resultados serão divulgados hoje pelo Instituto Paulo Montenegro, o braço social do Ibope, que desde 2001 faz essa avaliação bienalmente.
Os números mudaram pouco em quatro anos. Apenas o grupo que está no nível 2 de alfabetismo teve crescimento significativo, passando de 34% para 38%. Fazem parte dele pessoas que são capazes de ler textos curtos e localizam apenas informações explícitas. Para o secretário-executivo do instituto, Fábio Montenegro, esse aumento reflete o esforço de universalizar o ensino fundamental no País. Com os oito anos de estudo, algumas habilidades já são consolidadas. O índice de alfabetismo funcional (INAF) avalia pessoas entre 15 anos - idade em que se termina o fundamental - e 64 anos.
O nível 1, chamado de rudimentar, porque tem a capacidade de ler títulos e frases isoladas, se manteve na faixa dos 30%, como nos outros anos. Também como em 2001, 26% dos brasileiros estão no grupo dos que apresentam plenas habilidades de leitura e escrita.
O alfabetismo funcional é medido há pouco tempo no mundo. O conceito foi definido pela Unesco no fim da década de 70 e engloba aqueles que conseguem utilizar a leitura e escrita para se inserir plenamente na sociedade e compreender a realidade. A Unesco pretende lançar em 2006 um exame mundial para identificar analfabetos funcionais. Fora o INAF, apenas o IBGE os contabiliza no Brasil, mas sem avaliação. Desde os anos 90, quem tem menos de quatro anos de estudos passou a fazer parte desse grupo.
A prova realizada pelo instituto tem 20 questões. São aplicados também questionários sobre situação familiar, escolar e práticas de leitura e escrita. A entidade também já realizou duas avaliações para medir habilidades de matemática da população. Os resultados mostraram que brasileiros incapazes de escrever conseguem fazer contas sem uso de calculadoras.
ÍNDICE EMPRESARIAL
O Instituto Paulo Montenegro lança este ano o índice de alfabetismo funcional empresarial. A ferramenta poderá ser usada pelo próprio departamento de recursos humanos da empresa interessada, gratuitamente. "Muitas pessoas que estão empregadas não conseguem escrever um e-mail, entender memorandos ou cursos de capacitação", diz Montenegro. "Elas camuflam essa deficiência e isso prejudica a produtividade da empresa ."
Um piloto do método deve ser aplicado ainda este mês. Há variações de avaliações já prontas para os setores siderúrgico, automobilístico, petroquímico, papel e celulose e alimentos. Com os resultados, o instituto pretende ajudar as empresas a solucionar resolver o problema. "É preciso investir em rodas de leitura, bibliotecas. Isso vai melhorar a auto-estima dos funcionários e fazer com que colaborem mais com a empresa."

http://txt.estado.com.br/editorias/2005/09/08/ger005.html

O Estado de S.Paulo

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