Publicado pelo IG/Educação 09/09/2005

O relatório divulgado nesta quarta-feira do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da Organização das Nações Unidas, aponta que o Brasil gasta pouco em ensino e saúde com relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Apesar da constatação, a educação é um dos setores responsáveis pela melhoria da posição do Brasil no ranking de desenvolvimento social da ONU nos últimos anos.
O País aplica 4,2% do PIB em educação, enquanto que em países como Espanha e Alemanha este índice chega a 4,6%. De acordo com o relatório, a diferença parece pouca, mas significa décadas de atraso. Isso porque o ensino fundamental no Brasil atingiu os 90% há menos de dez anos, e o ensino médio não chega a 50% dos estudantes. O pior índice está no ensino superior, já que apenas 9% da população tem acesso à universidade.
Na América Latina, o Brasil tem nível de investimento em educação igual ao Chile, semelhante à Argentina e inferior ao México. O Plano Nacional de Educação, aprovado em 2000 pelo Congresso, previa chegar a 7,5% do PIB em dez anos, mas o artigo foi vetado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
O Ministério da Saúde passa pela mesma discussão. O relatório do IDH mostra que o País gasta, em recursos públicos, apenas 3,6% do PIB em Saúde. O gasto privado chega a 4,3%. O gasto privado no Brasil, que atende 35 milhões de pessoas, é maior do que o investimento público, que atende 145 milhões.

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