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Currículo escolar deve ser flexível


Publicado pelo Aprendiz 12/09/2005

(Rodrigo Zavala)
Durante as discussões sobre a inserção de conceitos da transdisciplinaridade em sala de aula, uma questão relevante tem mais a ver com a sua possibilidade de implementação do que com a conscientização de professores. É o caso de instituições educacionais em que o currículo escolar seja de tal forma rígido que não permita a autonomia do educador.
Um dos exemplos mais claros desses empecilhos vem de escolas de idiomas, segunda a mestre em educação, Valéria Venturella, participante do II Congresso Mundial de Transdisciplinaridade. Com materiais didáticos já formatados e grade curricular preenchida, as oportunidades do professor repensar práticas tornam-se diminutas. "O que importa é que ele aprenda inglês. Então todos estão felizes", afirma, lembrando-se da época em que ela própria trabalhava como professora de inglês.
Como grande parte dos participantes do congresso, a mudança de postura da educadora se deve, em determinado momento, a uma inquietação frente a práticas educacionais sem compromisso com uma formação mais plural do estudante. "Quando comecei a estudar pedagogia, percebi que eles poderiam aprender outras coisas por meio do ensino de inglês. Que o idioma poderia ser instrumento de um trabalho que o modificasse", recorda.
No entanto, como enfrentar as limitações impostas pela escola de idiomas em que trabalhava, uma conhecida rede espalhada por todo o país, foi um dos maiores desafios. "É preciso encontrar os pontos flexíveis desses currículos, nas atividades em sala".
A mestre lembra que desistiu, por exemplo, daquelas velhas frases sem sentido dadas aos alunos quando estão aprendendo. Tal como "O livro está sobre a mesa", ou "Os ursos estão na piscina". Nesse momento, a educadora começou a vincular o aprendizado á experiências de vida de seus estudantes. "Comecei a personalizar as aulas, para que eles se expressassem e repensassem seu cotidiano e suas vidas".
Hoje, a educadora divide seu tempo entre o ensino de literatura na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e a formação de professores da mesma escola de idioma em que lecionava. Neste papel, multiplica o que aprendeu nos anos de estudo e experiência. "Talvez seja arrogante pensar que fazemos algo de importante para melhorar a educação. Mas cada um tem seu trabalho", acredita.
Um dos recados dado pela professora é o cuidado que educadores devem ter quando inovam. "Quando se trabalha com adolescentes e ocorre uma mudança, o educador deve saber segurar o rojão, porque eles não vão querer voltar para a mesmice". Além disso, ela é clara ao lembrar do policiamento constante pelo qual educadores passam. "É só fechar os olhos para percebemos que estamos agindo como antes, contrários ao que acreditamos. A tradição está muito presente em nós".

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=3c3c09370af4701001e78c969abcd070

Aprendiz

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