Publicado pelo IG/Educação 19/09/2005

A polêmica doação de uniformes com patrocínio para as escolas municipais está parada. Enquanto o secretário municipal de Educação, José Aristodemo Pinotti, aguarda a proposta formal da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), o presidente da Abravest, Roberto Chadad, espera informações da secretaria sobre o número de estudantes interessados. Sem esse número, explica, não é possível criar um projeto oficial. Mas, sem o projeto, garante a secretaria, não dá para encaminhar o assunto, de acordo com a edição desta segunda-feira do jornal "Folha de S.Paulo".

Há dez dias, Pinotti conferiu dois modelos de uniformes patrocinados. Apenas após a análise sobre a legalidade das doações é que haveria uma consulta às escolas da rede. "Não podemos fazer nada por enquanto", afirmou a chefe de gabinete da secretaria, Lúcia Tojal, à "Folha". "Somos obrigados a ver se há outras empresas interessadas em patrocinar os uniformes."
Chadad, no entanto, diz que não pode fazer nenhuma proposta enquanto não souber o número de alunos interessados. "Mas, agora, ganhamos mais tempo, porque a doação será apenas para o segundo semestre", afirmou. Segundo o jornal, os uniformes que serão entregues no início do próximo ano estão sendo licitados. Até sexta-feira, informa a secretaria de Educação, o edital ficará pronto, já com a obrigatoriedade do tênis incluída. Na semana passada, a Câmara aprovou o projeto de lei do vereador Antônio Goulart (PMDB) que obriga a prefeitura a incluir o calçado no kit de uniforme escolar.
Caso a doação do conjunto completo se concretize, a secretaria poderá economizar R$ 70 milhões por ano. Com esse dinheiro, garante Pinotti, seria possível construir 1.700 salas de aula e acabar com os três turnos que ainda vigoram em algumas escolas, segundo a "Folha”

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