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Crianças indígenas estão sem escola e sem moradia


Publicado pelo Aprendiz 04/11/2005

(Karina Costa)
Estima-se que na região sul do país 1,3 mil crianças indígenas e suas famílias morem em acampamentos, revestidos por lonas, nas margens de estradas e de fazendas. Enquanto esperam pelo reconhecimento e demarcação de suas terras, essas famílias sobrevivem sem saneamento e cuidados básicos com a saúde, com os filhos fora da escola e ganham a vida vendendo artesanato na beira da estrada.

Eles estão espalhados entre os estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Só na terra gaúcha, há aproximadamente 2.500 guaranis nestas condições, segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), atuante na região. A entidade aponta que cada família assentada tem de 3 a 4 filhos.

A escola indígena existe apenas em um dos assentamentos. O perigo de atropelamento nas rodovias é grande e preocupa a entidade. Além disso, expostas às chuvas e ao frio por conta da precariedade das moradias, as crianças adoecem com mais facilidade. Alguns grupos contam com o atendimento em saúde da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e, para sobreviver, os indígenas dependem da venda de artesanatos e de cestas básicas distribuídas pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Para que todo esse problema se resolva, o coordenador do CIMI da região sul, Roberto Liebgott, aponta que políticas específicas de saúde, moradia e educação devem ser criadas para atender a população indígena. "Falta terra para esta comunidade. A partir do momento que isso se desencadear, os indígenas terão condições de construir seu espaço social, político e religioso. Então, as crianças poderão voltar a freqüentar a escola indígena e os pais terão o mínimo de terra para desenvolver uma agricultura de subsistência," acredita Liebgott.

A demarcação de terra vem sendo reivindicada pelos indígenas há muitos anos. Há acampamentos que existem a mais de uma década. O reconhecimento de uma terra indígena depende da identificação antropológica e fundiária. De acordo com informações do CIMI, só na região sul há 17 áreas pertencentes aos povos guaranis que ainda não foram identificadas pela Funai. "Essa promessa já vem de tempos. Entre os anos de 2003 e 2004, a Funai declarou que a demarcação seria uma prioridade, porém nada aconteceu até hoje," diz Liebgott, indignado.

Vivendo nessa situação, os indígenas se articularam entre as comunidades e formaram a chamada "Comissão de Terra Guarani", grupo que participa de reuniões na Funasa. "A idéia do grupo é pressionar o governo para que este olhe pela população indígena. As famílias indígenas precisam de assistência, portanto o grupo foi formado para cobrar ações do governo federal", conta o coordenador do CIMI.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=4d38bab80af47010001a1399f0578334

Aprendiz

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