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Carvoeiros resgatados agora têm trabalho digno


Publicado pelo Aprendiz 07/11/2005

(Karina Costa)
Existem no país 25 mil pessoas submetidas a condições análogas à de trabalho escravo, segundo cálculos da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Para reverter esse quadro, oito siderúrgicas, instaladas no Maranhão e no Pará, juntaram-se para criar o Instituto do Carvão Cidadão (ICC). A idéia inicial era apenas fiscalizar e corrigir as irregularidades trabalhistas nas carvoarias fornecedoras das empresas. A entidade acabou encaminhando 42 pessoas resgatada das carvoarias para trabalhar em empresas membros da entidade.

Até julho deste ano, o ministério do Trabalho tinha resgatado 16 mil pessoas do trabalho escravo. Uma lista com os trabalhadores tirados das carvoarias foi repassada para o instituto e, a partir daí, começaram as contratações. "As empresas associadas se comprometeram com essa inserção, pois sabiam que não bastava apenas nossa fiscalização ou o resgate feito pelo ministério. Além disso, o fato de só libertá-los para nós era angustiante, pois sabíamos que a falta de dinheiro os levaria de volta para aquelas condições de trabalho. Estas pessoas vivem à margem de qualquer direito," revela uma das diretoras do ICC, Cláudia Brito.

Segundo ela, a iniciativa deixou os trabalhadores resgatados assustados num primeiro momento. "Imagina só uma pessoa batendo na sua porta perguntando se você quer um emprego? As pessoas se escondiam com medo da gente. Depois do susto, a repercussão era positiva entre eles que saiam espalhando a novidade um para o outro. Logo, os próprios trabalhadores é que passaram a nos procurar," revela.

Quando os carvoeiros são encontrados não têm qualquer documento, são analfabetos e sem qualificação profissional. A entidade providencia toda documentação e encaminha para as empresas que lhes garantem os direitos trabalhistas. "Um dos nossos objetivos é o de motivar outras empresas na multiplicação desta ação. Esses trabalhadores também fazem parte de uma cadeia produtiva e as empresas dependem desta mão-de-obra", diz ela reconhecendo ser impossível contratar todos os que estão em condições sub-humanas.

O empenho em fazer essas pessoas mudarem de vida não é só do instituto. Os funcionários das siderúrgicas estão estusiasmados fazendo o acolhimento destes trabalhadores nas empresas. "Todo esse processo levanta a auto-estima destas pessoas que sofreram tanto", comenta. O instituto já pensa em dar um outro passo: desenvolver parcerias com instituições para garantir a alfabetização e o aprendizado profissional dos trabalhadores.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=5c936a460af47010001a1399cdd507a3

Aprendiz

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