Pesquisa: diploma não é garantia de emprego |
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Publicado pelo IG/Educação 07/11/2005 |
Oito entre dez entrevistados pela pesquisa “Umbigo Nacional”, da agência Olgivy Brasil, declaram que hoje têm mais acesso à educação. Isso, no entanto, não significa que ter diploma é garantia de emprego no Brasil. Pelo menos, é isso que pensa metade da amostra.
Essa percepção fica ainda mais clara entre os jovens dos 18 aos 25 anos - 60% deles chegam desacreditados no funil do mercado de trabalho.
Para isso, eles vão em busca de cursos adicionais – 88% acreditam que é importante estudar informática e 82% apostam no conhecimento de línguas para arranjar um emprego.
“As perspectivas apontam para uma sociedade na qual a formação será permanente, na qual o ‘educado’ é aquele capaz de novas e contínuas aprendizagens”, afirma Célia Tilkian, diretora da escola Cidade Jardim, em São Paulo.
A pesquisa ainda trata de assuntos polêmicos com as cotas raciais nas universidades públicas. Falando ao “Listening Post”, 35% da amostra concorda totalmente com a iniciativa; 24% concordam em parte e 39% discordam.
Nas classes A e B e nas cidades de Curitiba, Porto Alegre e Salvador o tema tem o percentual de discordância mais elevado: 46% e mais de 50% respectivamente.
Outra iniciativa que não tem a aprovação do povo brasileiro é a grande expansão de faculdades sem qualidade. Dos entrevistados, 47% acreditam que isso não foi positivo para o País, contra apenas 30% que concordam totalmente.
“No entanto, os números do “Listening Post” indicam que o grau de tolerância a essas instituições acaba sendo alto. Ou seja, elas são consideradas positivas para o País. Uma espécie de melhor do que nada”, diz a pesquisa.
Enquanto isso, o provão, utilizado para medir a qualidade das escolas e dos alunos, é visto com bons olhos pela sociedade – 63% dos entrevistados acreditam que ele é uma medida positiva para o País.
“O Umbigo Nacional”
A pesquisa Listening Post, da empresa de publicidade Ogilvy, ouviu, de 31 de agosto a 6 de setembro deste ano, 450 homens e 450 mulheres em oito capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.
Foram entrevistas individuais e pessoais, com uma duração média de 30 minutos e que levou em conta a distribuição proporcional das classes – 30,3% pertenciam às classes A e B; 31,7% à classe C e 38% às classes D e E – e faixas etárias – 25% dos entrevistados têm de 18 a 25 anos; 25,5% de 26 a 35 anos; 24,8% de 36 a 45 anos e 24,7% têm 46 anos ou mais.
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IG/Educação
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