Publicado pelo Aprendiz 28/11/2005

(Mariana Gallo)
Levantar a auto-estima dos estudantes e, ao mesmo tempo, melhorar a escola. Estes são os objetivos do Grupo de Voluntários da Fundação SOS Mata Atlântica que trabalha, desde 2002, integrando alunos da Escola Municipal Ensino Fundamental General De Gaulle e a comunidade do bairro paulistano do Campo Limpo.

"Quando vimos o estado da escola, vestimos a camisa e começamos a trabalhar para produzir melhoria", conta o coordenador do projeto, Beloiany Monteiro.

Estudantes, professores, funcionários do colégio montam núcleos que elaboram e executam projetos nos arredores da escola. Os programas vão desde melhoria do meio ambiente até formação de um mini-complexo de comunicação com site, rádio e jornal.

Depois de pesquisar com os moradores quais os principais problemas ambientais do bairro, os alunos desenvolvem projetos para solucionar os problemas. Os próprios estudantes analisaram quimicamente a água do córrego do bairro e, quando detectaram o grau de poluição, instruíram a população sobre a coleta de lixo. O reflorestamento das margens do riacho e das redondezas já está sendo feito com o plantio de árvores e outras plantas.

"A escola recebeu como doação um viveiro onde serão cultivadas as plantas que irão para o projeto", revela a diretora da escola, Dione Lemos.

Para integrar ainda mais escola e comunidade, o grupo organiza uma semana de atividades com serviços que vão desde corte de cabelo, passando por retirada de documentos e chegando às palestras dos pais para os professores. "Os pais dos estudantes apresentam a proposta e nós abrimos o espaço para eles", explica a diretora contando que a fórum deste ano contou com 85 atividades diferentes.

A cada semestre acontecem dois mutirões de limpeza e reparos no prédio da escola. Em parceria com empresas como Alpargatas e Tintas Coral, pessoas da comunidade, do colégio e da fundação vão pintar toda a escola no próximo mutirão. 180 mil litros de tintas foram doados para esta atividade. "No primeiro mutirão, em 2002, retiramos quatro caminhões de lixo da escola", conta Monteiro.

Desde que os projetos começaram a ser desenvolvidos, aumentou a participação dos pais na escola e diminuiu a depredação do colégio. "Os problemas hoje não são mais causados pelos alunos da escola", comenta a diretora.

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