Jornal faz a diferença na vida do brasileiro |
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Publicado pelo o estado de S.Paulo 02/12/2005 |
Leitores têm maior consciência social do que as pessoas não habituadas a esse veículo
(Carlos Franco)
O jornal faz diferença. Esta é a principal conclusão e, ao mesmo tempo, a resposta a uma pergunta que o Ibope fez, em agosto, para 2.002 brasileiros com mais de 16 anos, residentes nas 9 principais regiões metropolitanas do País e no interior paulista. A pesquisa "A diferença do jornal na vida dos brasileiros" foi divulgada ontem pelo presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Nelson Sirotsky. Essas entrevistas foram complementares a uma pesquisa prévia de campo, que, entre agosto do ano passado e janeiro deste ano, ouviu 8 mil pessoas.
Sirotsky, que comanda o grupo gaúcho RBS, que edita o jornal Zero Hora, fez questão de acrescentar ao título da pesquisa a expressão "Boas Novas do Meio Jornal", que realçou com dados indicando o crescimento da circulação, também online, desse meio de comunicação; sua participação de 25% no bolo publicitário; e a sua credibilidade. A circulação, que apresentou queda nos quatro primeiros meses do ano passado, é crescente desde junho de 2004.
Quanto ao volume abocanhado da publicidade, maior que o estimado pelo Ibope/Intermeios, de 17%, Sirotsky disse que é resultado de análise do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados de 204 empresas, enquanto os do Ibope/Intermeios refletem apenas os números dos 48 maiores veículos do País.
E se os médicos são hoje a categoria que desfruta de maior credibilidade entre os brasileiros (85%), seguida das Forças Armadas (75%), os jornais aparecem em terceiro lugar (74%), ao lado dos engenheiros (74%) e à frente da Igreja Católica (73%), das rádios (63%), da televisão (61%) e dos empresários (52%). É esse porcentual importante que diferencia o meio e faz atrair também a publicidade.
A diretora do Ibope Opinião Silvia Cervellini apresentou dados mostrando que, quanto mais regular a leitura do jornal, maior o grau de consciência política dos entrevistados, assim como a liderança de opinião aumenta quanto maior a freqüência de leitura dos jornais. E, enquanto a média nacional de consciência social do brasileiro é de 27 pontos, entre os leitores de jornais chega a 35.
Silvia endossou os dados de crescimento da circulação, informando que metade dos brasileiros lê notícias, e os jornais atingem 80% desse contingente - 33% são leitores de notícias exclusivos desse meio de comunicação. O Ibope indicou que a proporção de leitores aumenta quanto mais jovem e instruído é o brasileiro, e cresce nas capitais e nos maiores municípios. Seguindo a pirâmide social brasileira, quanto mais alta a renda e a classe, maior a leitura de notícias e ainda maior a diversificação dos meios.
Para Silvia, a pesquisa comprova que a leitura de notícias em jornal traz benefícios inequívocos para os brasileiros em várias dimensões de sua vida em sociedade e no âmbito individual, independentemente de escolaridade ou classe socioeconômica. "Há benefícios sobretudo em termos de consciência social, pois os leitores prezam mais o voto que os não-leitores, mas também na liderança de opinião (especialmente na formação), além da situação profissional, onde os que são leitores de jornais são economicamente mais ativos." Ela acrescentou que os novos leitores de jornais têm grande interesse por tecnologia e hábitos de lazer e saúde, o que justifica a aposta que os veículos têm feito nessa direção.
Para Sirotsky, a pesquisa justifica o otimismo do setor, um conjunto de boas novas para uma indústria que deve crescer no próximo ano.
http://txt.estado.com.br/editorias/2005/12/02/eco029.html
O Estado de S.Paulo
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