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Escolas públicas usam técnicas de mediação


Publicado pelo Folha Online 02/12/2005

(FLÁVIA MANTOVANI)
Nas cidades de Araçatuba e Birigüi, no interior paulista, algumas escolas públicas usam técnicas de mediação para resolver conflitos. O responsável pela introdução da prática é o Educadores da Paz, projeto do Espaço Interação, instituição voltada para a não-violência na escola. Os mediadores são professores, funcionários ou alunos do local.

"Em geral, a criança que comete uma infração recebe uma suspensão. Mas esse não é o caminho. Quando se tira a liberdade do aluno, ele se torna mais violento. A educação para a não-violencia requer o diálogo e a escuta ativa. A criança e o adolescente precisam entender a responsabilidade das suas escolhas", diz a psicopedagoga Maria Elvira Tuppy, coordenadora do Espaço Interação. De acordo com ela, mesmo crianças muito pequenas conseguem compreender a nova lógica. Tanto que a experiência está sendo realizada também em creches.

As escolas que participam do programa organizam, duas vezes por dia, exercícios respiratórios com poucos minutos de duração chamados de "centramento". O objetivo é promover a concentração, o autocontrole e a atenção, características importantes para a prática da não-violência.

Estudioso da cultura da paz, o professor de física Luiz Fernando Jacob, 42, desenvolveu um método para acalmar os ânimos de seus alunos, estudantes do colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo: quando vê que eles estão ansiosos, distribui balas aos adolescentes e propõe um exercício meditativo com eles. Em vez de focarem na respiração, como normalmente ocorre nas práticas meditativas, os alunos se concentram no sorver da bala.

"Percebo que a ansiedade deles baixa significativamente. A escolha da bala é estratégica, pois trata-se de um elemento de afetividade. Os adolescentes têm um pé na infância e outro no mundo adulto. Perceber-se adulto, centrado consigo mesmo, por meio do viés da infância é fazer a ligação entre o passado, o presente e o futuro", relata.

Quando surge um conflito na sala de aula, Jacob recorre a jogos cooperativos, histórias e vídeos para incentivar a reflexão e o diálogo e resolver a questão com a turma.

"Uma atitude compreensiva ancora-se em saber ouvir o outro sem emitir julgamento. Essa é uma postura extremamente difícil de se assumir se não houver um treino e uma ação voluntária para isso", afirma o professor.

SAIBA MAIS:
"O Caminho é a Meta - Gandhi hoje" (Johan Galtung, ed. Palas Athena);
"O Princípio da Não-Violência - Percurso filosófico" (Jean-Marie Muller, Instituto Piaget);
"Guia Prático de Mediação de Conflitos em Famílias e Organizações" (Malvina Muszkat, Summus Editorial);
"Paz, como se Faz?" (Lia Diskin e Laura Roizman, Unesco, distribuição gratuita em www.palasathena.org);
"Vire a Página: Estratégias para Resolver Conflitos" (Karim Khoury, ed. Senac);
"Mediação: Uma Prática Cidadã" (cartilha disponível na Comissão Municipal de Direitos Humanos, tel. 0/xx/11/3106-0030)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4049.shtml

Folha de S.Paulo

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