> Sistema Documentação
> Memorial da Educação
> Temas Educacionais
> Temas Pedagógicos
> Recursos de Ensino
> Notícias por Temas
> Agenda
> Programa Sala de Leitura
> Publicações Online
> Concursos & Prêmios
> Diário Oficial
> Fundação Mario Covas
Boa noite
Quinta-Feira , 01 de Maio de 2025
>> Notícias
   
 
Rede integra busca por jovem desaparecido


Publicado pelo Aprendiz 06/12/2005

(Fernanda Murachovsky
Cristiano Mascaro)
Cerca de oito mil casos de desaparecimento de crianças e adolescentes são registrados todos os anos na cidade de São Paulo, de acordo com estimativas da Subsecretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. No país, são cerca de quarenta mil anualmente. Destes, cerca de 85% retornam às suas casas ou são encontrados, mas o restante fica um período mais longo afastado de seus pais, e alguns deles podem nunca mais voltar.

Os números são altos, assustam, mas mesmo assim não refletem a realidade, porque nem todos os pais retornam à delegacia para informar que seu filho fugiu ou retornou a casa. Além disso, nem todos os Estados contabilizam os casos de desaparecimento. Por isso, a Subsecretaria de Direitos Humanos está consolidando a Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (REDESAP), que existe desde 2003.

O objetivo, de acordo como coordenador Alexandre Reis, é o de articular um cadastro nacional dos casos, em todos os estados do Brasil. Para isso, estão sendo criados convênios e firmadas parcerias com ONGs, instituições acadêmicas e de assistência social.


Segundo Reis, os adolescentes, que desaparecem três vezes mais do que as crianças, em geral, fogem de suas casas. Já as crianças são subtraídas, por um de seus pais (como em caso de brigas) ou por parentes, ou então seqüestradas por estranhos.

As fugas, que representam cerca de 70% dos casos, ocorrem, em geral, porque a crianças ou o adolescente procura se afastar de uma situação ruim que acontece em sua moradia, como a violência doméstica, os maus tratos ou o abuso sexual. Existe ainda a fuga porque o jovem se sente atraído por algo fora de casa, como é o exemplo de meninas que fogem com namorados que não têm aprovação da família.

No estado de São Paulo, o braço da Rede Nacional é o projeto "Caminho de volta", desenvolvido pelo Departamento de Medicina Legal da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública. O objetivo é o de colaborar com a busca por meio da metodologia de um banco de DNA, oferecer apoio à família e constituir um sistema de dados para avaliar o fenômeno. Há cerca de um ano, o projeto vem construindo um banco de DNA onde são guardadas as informações genéticas dos pais, retiradas de uma gota de sangue. Dessa maneira, quando uma criança é encontrada e existe dúvida quanto à filiação, se faz um cruzamento com os dados do banco.

Para participar do projeto, o desaparecido deve ter menos de 18 anos e a família deve obter um boletim de ocorrência. Já são mais de 230 famílias participando do projeto, que funciona no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no centro de São Paulo e na própria faculdade de medicina. Há também disponível um psicólogo que atende aos pais e traça o perfil para atender às necessidades daquela família.

De acordo com Gilka Gattas, coordenadora do "Caminho de volta" e professora do Departamento de Medicina Legal da USP, o projeto procura fazer um trabalho de prevenção, em médio prazo. "Nós queremos conhecer esse universo melhor para poder tratar da questão da prevenção e diminuir as taxas de reincidência. Por isso, nós traçamos o perfil dessa família e procuramos entender porque o jovem que morava naquela casa fugiu, e por que o adolescente que mora na casa ao lado não o fez", diz.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=fc1ae14a0af47010001a13990a729d5e

Aprendiz

Para mais informações clique em AJUDA no menu.

 





Clique aqui para baixar o Acrobat Reader