Publicado pelo UOL Educação 06/12/2005

O MEC (Ministério da Educação) decidiu liberar R$ 650 milhões para antecipar o reajuste do salário dos professores das universidades federais para janeiro de 2006. A informação foi divulgada pelo ministro Fernando Haddad nesta segunda-feira (5/12), em entrevista coletiva realizada em Brasília.

Segundo o ministro, o aumento de R$ 150 milhões na verba de R$ 500 milhões deve-se à necessidade de reajuste do calendário de implementação da proposta. Haddad disse também que todos os professores terão reajuste acima da inflação. "Estamos revertendo uma tendência histórica de achatamento salarial com um aumento médio de 9,25%".

O projeto que retifica o valor da verba para pagamento dos professores está na Casa Civil e será enviado ao Congresso Nacional na terça-feira (6), em regime de urgência, o que dá prioridade à matéria na votação.

Primeiramente serão pagos os reajustes dos percentuais de titulação, que correspondem a mais de 70% do valor total dos recursos. Os professores que possuem mestrado, doutorado ou especialização receberão aumento de 50% no valor pago por sua titulação. Em maio será implementada uma nova categoria - professor associado -, dando progressão à carreira dos docentes. E a partir de julho terá início o processo de equiparação entre ativos e aposentados no valor da gratificação de estímulo à docência.

Questionado sobre o aumento de 19% pedido pelos professores, Haddad lembrou que o Congresso Nacional aprovou no ano passado um investimento da ordem de R$ 240 milhões em 2005 e que, portanto, está praticamente triplicando os recursos investidos na recuperação dos vencimentos dos docentes de terceiro grau.

A greve realizada pelos professores das universidades federais nesse semestre durou 200 dias e prejudicou o calendário de cerca de 200 mil alunos, de um universo de 700 mil.

http://noticias.uol.com.br/educacao/ultnot/ult105u4088.jhtm

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