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Universidades adotam currículo flexível


publicado pela Folha Online em 02/01/2006

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

Na sala de aula, estudantes de apenas um curso. Na programação, dezenas de disciplinas, cada uma com temas específicos. Esse modelo tradicional de organização curricular no ensino superior foi colocado de lado nas novas unidades de universidades públicas de São Paulo --casos da USP, da Unifesp (federal de São Paulo) e da UFABC (federal do ABC).

Nos novos currículos, estudantes de diferentes carreiras pesquisam juntos um mesmo assunto (USP Leste). Ou então as cerca de 40 matérias de um curso como fisioterapia são unidas em quatro grandes blocos (Unifesp).

Para especialistas, é uma tendência. "O ensino tem de mudar, precisa tornar o estudante um buscador do conhecimento", diz o pró-reitor de graduação da Unifesp, Luiz Eugênio Mello. "Isso implica alterar os cursos."

Diante dessa situação, o MEC quer até mesmo incentivar financeiramente as universidades federais a buscar essas mudanças.

Tal mecanismo está na proposta de reforma universitária feita pela pasta, que está sendo analisada pela Casa Civil. O documento diz que as federais com boa avaliação institucional terão verba extra.

"A inovação será um dos fatores analisados", diz o ministro Fernando Haddad. "Os sistemas de educação precisam ser tão diversos quanto possível, para que possamos aperfeiçoar o ensino."

A legislação permite essa reorganização, desde que os cursos tenham alguns conteúdos básicos, definidos pelo MEC.

Modelos

Na USP Leste, o primeiro ano das dez carreiras foi construído com base em uma atividade chamada resolução de problemas, originalmente usada na área de saúde. Nela, os 1.020 alunos, de cursos tão distintos quanto marketing e obstetrícia, foram divididos em turmas de 60. Cada grupo escolheu um tema para pesquisar.

O modelo foi aprovado por Mayra Cristiane Tofanetto, 19, da carreira de gerontologia. "O aluno de um curso pôde interagir com o de outro. Não nos prendemos a um universo de conhecimento."

A resolução de problemas é uma das partes do ciclo básico, pelo qual passam os alunos do primeiro ano. As outras duas são formação introdutória no campo específico (em que os alunos têm contato com suas carreiras em si) e formação geral (aborda fenômenos sociais, culturais e naturais), em que alunos de diferentes cursos assistem às aulas juntos.

Já no campus da Unifesp na Baixada Santista, que começa a funcionar neste ano, as disciplinas foram abolidas. Os currículos dos cinco cursos (educação física, fisioterapia, nutrição, psicologia e terapia ocupacional) foram montados com quatro grandes blocos, chamados de eixos temáticos.

Um bloco, por exemplo, abordará questões biológicas, como genética e anatomia, enquanto outro tratará de questões sociais, como antropologia e psicologia. Os eixos permanecerão os mesmos até o final do curso.

Esse modelo deverá ser levado aos novos campi da Unifesp, em Diadema e Guarulhos, que começarão a funcionar no segundo semestre ou em 2007. O pró-reitor de graduação da Unifesp considera mais fácil reorganizar o currículo em novas unidades. "Se a mudança ocorre no princípio, não há rejeição. Mudar uma estrutura sedimentada é muito difícil", diz Mello.

Na recém-criada UFABC, que começará a funcionar em setembro, haverá um ciclo básico de três anos --só no final é que o aluno escolherá a carreira.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u18204.shtml

Folha Online

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