Publicado pela Folha Online 09/01/2006

Levantamento preliminar da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo diz que a cidade tem 1.030 crianças vivendo nas ruas.

A pesquisa não inclui as crianças que trabalham nos semáforos ou pedem esmolas, mas que moram com suas famílias. O número de crianças nessa situação ainda não está fechado, mas estima-se que gire em torno de 3.000.

O trabalho de contagem, realizado por assistentes sociais e integrantes dos conselhos tutelares, apontou que 90% das crianças sabem quem são suas famílias.

A maioria dessas crianças (380) sobrevivem nas ruas da região da Sé (centro).

A partir da identificação das famílias, a secretaria decidiu priorizar o cadastramento dos pais nos programas sociais da prefeitura, inclusive nos de transferência de renda.

"Os integrantes das famílias vão participar de programas sócio-educativos, terão prioridade no atendimento na rede municipal de Saúde e em vagas na rede de ensino", afirmou o secretário de Assistência, Floriano Pesaro. A prefeitura encomendou um censo específico sobre crianças de rua à Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para orientar as ações de atendimento.

Após lançar a campanha "Dê mais que esmola. Dê futuro", Pesaro disse que os assistentes sociais vão reforçar a abordagem para convencer as crianças de rua para encaminhá-las aos centros de abrigo. "As crianças de rua vivem em situação de risco, muitas envolvidas com pequenos furtos, tráfico e consumo de drogas. Elas não podem mais escolher ficar nas ruas", ressaltou.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u117082.shtml

Folha de S.Paulo

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