Padre Anchieta ganhará santuário ecológico |
|
|
Publicado pelo Folha Online 20/01/2006 |
(AFRA BALAZINA)
Em meio à mata atlântica e perto do mar, o padre José de Anchieta ganhará um santuário ecológico em sua homenagem. Para contrastar com a paisagem, a estrutura do santuário, que teve sua pedra fundamental lançada ontem em Praia Grande, será de aço.
O local deve receber peregrinos que viajarão por três roteiros diferentes, idealizados também para lembrar os passos do beato pelo litoral de São Paulo.
O padre nasceu nas Ilhas Canárias e chegou ao Brasil em 1553 para ajudar o superior da Companhia de Jesus, padre Manuel da Nóbrega. Alfabetizou filhos de colonos e contribuiu para a paz entre portugueses e várias tribos indígenas. Em 1980, foi beatificado.
A previsão é que as obras durem quatro anos, porém, oficinas culturais de dança e música serão oferecidas à população carente numa tenda a partir de agosto.
O terreno, de 26,4 mil m2, foi doado pela Prefeitura de Praia Grande. "Outros lugares do litoral paulista já têm seus marcos da passagem de Anchieta e, agora, Praia Grande também terá", disse o padre Cesar Augusto dos Santos, da Canan (Associação Pró-Canonização de Anchieta). A instituição teve a iniciativa de criar o santuário e pretende conseguir recursos com empresas. O valor total da obra não foi fechado.
O objetivo, diz ele, é oferecer conhecimento sobre Anchieta a turistas e atender a população local com oficinas diversas. "Anchieta, iniciador do teatro brasileiro, está muito ligado à cultura."
O santuário foi denominado ecológico porque o paisagismo contará com espécies nativas da mata atlântica, floresta descrita pelo padre em suas cartas a Portugal e Roma.
Estão previstas a construção de uma biblioteca e de uma estátua de 90 metros com a imagem do padre. O monumento abrigará uma caixa d'água, e a cabeça será uma pequena capela. Dois elevadores panorâmicos levarão os turistas até o alto da estátua. O custo será de R$ 4,5 milhões.
Peregrinação
Um dos roteiros para o santuário parte do litoral norte, outro, do litoral sul e o último, da capital.
Segundo Carlos Zundt, diretor técnico da Agem (Agência Metropolitana da Baixada Santista), os peregrinos ganharão um passaporte com orações e versos. Haverá espaço para anotações durante o trajeto -que pode ser feito a pé, de bicicleta, ônibus ou carro.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14167.shtml
Folha de S.Paulo
Para mais informações clique em AJUDA no menu.
|