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Saber ler não é motivo para pular de ano


Publicado pelo O Estado de S.Paulo 23/01/2006

(Ricardo Westin)
A família de Camila Figueiró Dias está dividida. Aos 5 anos, ela acaba de passar para o jardim 3 e, ao contrário dos colegas, já lê e escreve sem dificuldade nenhuma. Para a mãe, a menina deveria continuar com a turma de sempre. Na opinião do pai, ela deveria avançar uma série.
No ano passado, Camila estudou com crianças da mesma idade. Para que ela não se desinteressasse diante da professora explicando coisas que ela já está cansada de saber, mas que são novidades para os colegas, ela ganhava atividades especiais, mais complexas, durante as aulas.
“Não concordo com esse acompanhamento diferenciado. Tenho medo. Acho que os colegas podem se afastar dela, criar uma antipatia por ela”, argumenta Renato Dias, o pai.
Segundo educadores, no entanto, o ideal é que a menina continue ao lado de crianças de 5 anos. “A questão da leitura e da escrita não é uma condição obrigatória para que haja uma promoção precoce da criança”, explica Adriana Dutra, coordenadora pedagógica de Educação Infantil do Colégio Batista de Brasília.
Ela diz que é comum que os pais tenham esse desejo. “É só o que há. Nos próximos dias, eu vou fazer uma entrevista com a mãe de um menino de 5 anos que quer que ele esteja na 1ª série porque já sabe ler.”
A coordenadora pedagógica explica que, no jardim de infância, não conta apenas o fator cognitivo. Também é considerado o nível de desenvolvimento psicomotor, social e emocional do pequeno estudante.
Uma criança de 5 anos pode saber ler e escrever tão bem quanto uma de 7, mas normalmente não consegue conversar sobre os mesmos temas nem se interessar pelas mesmos tipos de brincadeira, por exemplo. Se é colocada no meio de estudantes mais velhos, ela pode ser excluída ou se isolar. Na infância, um ou dois anos fazem muita diferença.

http://txt.estado.com.br/editorias/2006/01/23/ger007.html

O Estado de S.Paulo

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