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Rito de passagem para aluno que muda de série


Publicado pelo Folha Online 30/01/2006

(FÁBIO TAKAHASHI)
Balada, manual de sobrevivência e aluno-tutor. Esses são alguns artifícios que escolas particulares de São Paulo adotaram para que os alunos mudem de estágio de aprendizagem sem traumas.

A mudança que mais preocupa os colégios é a da quarta para a quinta série do ensino fundamental. Isso porque os alunos precisam encarar, aos 10 ou 11 anos, uma troca de prédio e se tornam os menores do novo local. Outra alteração: de um professor, eles passam a ter, no mínimo, cinco.

Tatiana Sayeg, 12, exemplifica essa apreensão. "Ficava nervosa porque teria muitos professores. Você vai para uma escola onde não sabe onde estão as coisas. Isso causa insegurança."

Para amenizar essa tensão, o colégio Lourenço Castanho faz com que alunos de quinta série preparem um manual de sobrevivência para os que estão para chegar. Ali estão dados como o modo de calcular nota e um mapa do prédio. "Antes de fazermos atividades como essa, sentíamos um clima um pouco hostil na recepção", conta Heloísa Porto Alegre, coordenadora da quinta série. "Alguns mais velhos colocavam os pequenos no lixo, faziam corredor polonês. Isso diminuiu muito."

As escolas também buscam alternativas para diminuir a tensão devido ao aumento no número de professores. O colégio Assunção vai colocar um docente de matemática na quarta série. "Assim, os alunos vão se acostumando a ter mais de um professor", diz Silvia Russo, diretora pedagógica.

Outra atividade que já é utilizada é apresentar os "calouros" aos "veteranos" durante o ano, para que a integração comece antes do início do período letivo seguinte. Os mais velhos ficam responsáveis por apresentar o novo prédio.

Arthur de Almeida, 6, já se beneficiou disso. No final de 2005, quando estava na pré-escola do colégio Santo Américo, conheceu os alunos que cursavam a primeira série. "Perguntei do parque e se podíamos ficar no recreio lá. E eles me disseram que vou poder jogar futebol em um campo profissional." Com isso, a advogada Patrícia de Almeida, 28, mãe de Arthur, diz que seu filho ficou até ansioso em começar o ano.

Já para os que passam da oitava série para o ensino médio, o colégio Pueri Domus organiza uma balada. O "madrugão" começa às 21h e vai até as 3h da madrugada. Na escola, é montada uma discoteca e um minicinema.

Para a psicóloga Angela Soligo, coordenadora-associada do curso de pedagogia da Unicamp, os colégios devem fazer atividades para que a mudança de ciclo seja atenuada. "A criança não pode ser jogada. Aquela que não se integra, se torna um problema para a escola. E a escola para ela."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u18310.shtml

Folha de S.Paulo

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