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Publicado pelo Globo Online 30/01/2006 |
(André Machado)
Daqui a umas duas décadas boa parte do mundo como o conhecemos terá sumido. Em vez de celulares com tantas funções quanto um canivete suíço, ou tablets e micros de mão carregados para um lado e para o outro, teremos apenas um vazio de objetos. Que serão substituídos por objetos virtuais, todos feitos de software. É o que garante André Kischinevsky, diretor do Instituto de Formação Internet (Infnet) e um dos mais jovens pioneiros da internet brasileira.
Para Kischinevsky, os sinais de que a virtualização está a caminho são muitos. O correio eletrônico virtualizou as antigas cartas e está se preparando para virtualizar os documentos, com a certificação e a autenticação digitais. As enciclopédias caíram na rede qual peixes — basta ver o sucesso do projeto Wikipedia. Há tocadores de música virtuais de todos os tipos para todos os sistemas operacionais e gostos — e as mídias que carregavam as canções estão começando a ficar com um leve cheirinho de bolor. O próprio dinheiro hoje anda virtualizado dentro de cartões e e-cards para diversos fins.
O mundo dos objetos virtuais será conjurado, segundo André, por sensores que se comunicarão diretamente com o cérebro e permitirão visualizar em pleno ar verdadeiros mundos virtuais, repletos de objetos de todos os tipos.
— A virtualização poderá revolucionar até mesmo as ferramentas de busca — diz. — Uma pesquisa abstrata seria possível no estágio mais avançado. Se você quiser saber algo sobre uma pessoa, talvez não seja preciso mais escrever o nome dela, mas apenas pensar em sua imagem. E, quem sabe, será possível olhar para alguém e ver ao lado o nome dele (se estiver em sua lista de contatos).
Pois é... Quem sabe?
http://oglobo.globo.com/jornal/suplementos/informaticaetc/190107203.asp
Globo Online
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