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Na Argentina cursos de espanhol para brasileiros


Publicado pelo Globo Online 02/03/2006

(Luciano Dias)
A tão sonhada integração econômica e cultural entre o Brasil e seus vizinhos latino-americanos esbarra numa expressão preguiçosa na forma e no conteúdo: o portunhol. Muitos pensam que podem "se dar bem" na vizinhança com esse jeitinho lingüístico. Como turista, até que funciona, mas, na vida profissional, educacional e dos negócios, o vício não é bem-visto. Mas há um caminho curto para se vencer essa barreira: ele está ao sul, na Argentina.

O país tem uma ampla oferta de escolas de espanhol para estrangeiros com preços atrativos, considerando-se o nosso robusto real. O "Boa Chance" entrevistou executivos de três instituições de Buenos Aires, que têm características parecidas, mas algumas vantagens específicas. No geral, todos garantem que um pacote com uma semana de aula é o primeiro passo para seguir a trilha certa da língua de Borges.

O preço de sete dias varia de US$ 145 a US$ 200, e o de um mês fica em torno de US$ 500. Alguns cursos, no entanto, como o Mundo Enhe, cobram em peso.

- Em uma semana, o aluno já consegue se apresentar, dizer o que gosta, o que não gosta, onde está hospedado etc. Em um mês, adquire uma fluência muito boa, já que está em plena imersão, convivendo com os argentinos - diz Daniel Machado, um dos três brasileiros sócios do Mundo Enhe.

Machado, formado em jornalismo, e Júnia Brina Marques e Eric Trezze, formados em literatura, dão aula de português a argentinos. Os donos do Mundo Enhe garantem que a nacionalidade faz uma boa diferença, considerando-se outros cursos que funcionam na capital.

- A escola é especializada no ensino para brasileiros. Nos comunicamos pelos mesmos códigos e oferecemos programa de estudo e passeio com o perfil do aluno do nosso país - diz Trezze.

Em xeque, as semelhanças

O trio, porém, não dá aulas para os conterrâneos. A equipe de professores é de portenhos. A maior preocupação dos proprietários é eliminar a idéia de que o português é parecido com o espanhol.

- O portunhol é um escândalo. Não resolve e ainda pode provocar enormes confusões. Tarado em espanhol é como idiota, bobo ou burro - exemplifica Trezze.

O trunfo que o Esba Global, outra escola de espanhol para estrangeiros, diz ter na manga para conquistar os clientes é o de ser um grupo de educação com níveis que vai do jardim até o universitário. A diretora Mirian Mallmann Hermes explica que a escola oferece cursos de acordo com o nível de cada aluno. Lá, cerca de 60% das classes de estrangeiros são brasileiros, em especial do sul do país. A maioria é estudante de marketing e comércio exterior:

- No Esba, o aluno tem possibilidade de se inserir num meio educacional e social exatamente igual ao que está acostumado no Brasil.

Mirian explica ainda que a maior dificuldade dos brasileiros está na fonética. Na contramão do que afirma Trezze, a educadora vê na semelhança entre os idiomas um facilitador para aprendizagem. Nora Rodríguez Galíndez, diretora do Centro de Lenguas Buenos Aires, concorda, mas também destacas problemas nessa proximidade.

- Realmente, a semelhança ajuda. Mas não podemos esquecer que o português é muito similar ao castelhano antigo e médio. A maior dificuldade é com o uso de alguns gêneros - diz Nora, que ressalta que o espanhol da Argentina é comparado ao inglês ensinado nas escolas americanas.

A aposta principal do Centro de Lenguas é no contato humano. O curso mantém os alunos o mais próximo possível da instituição. Além de organizar passeios pela cidade e pelo interior do país, a escola os convida para conhecer a casa dos professores e coloca à disposição os telefones particulares dos mestres para caso de algum sufoco na terra de Maradona.

Somos muito parecidos com os brasileiros na maneira de ser. Sempre tivemos uma ótima integração com os alunos do Brasil - garante Nora.

http://oglobo.globo.com/online/educacao/mat/2006/03/01/192005416.asp

Globo Online

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