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Especialistas aprovam ensino fundamental


Publicado pelo Aprendiz 10/03/2006

(Mariana Gallo )
Especialistas em educação aprovaram a decisão do governo de passar de oito para nove anos o ensino fundamental. O acréscimo de um ano nesse período escolar servirá como transição do período lúdico da pré-escola para outro mais tradicional. Segundo a professora de psicologia de educação da Universidade de São Paulo (USP), Silvia Colello, o acréscimo de um ano é importante para que os professores possam dar continuidade no processo de preparação dos estudantes para as próximas séries.

"A passagem do pré para a primeira série, sem a preparação dos estudantes, quebrava o ritmo das crianças que, de repente, deixam de aprender brincando para ficarem sentadas prestando atenção no professor", acredita.

O acréscimo de mais um ano ao ensino fundamental, aprovado no dia 6 de fevereiro passado, é uma prática comum entre escolas particulares. "Apenas ajudou a tornar obrigatória a alfabetização das crianças aos seis anos", acha Mauro Sales Aguiar, membro do Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo. "Em países desenvolvidos, a prática já é comum. Este é um passo importante para a educação", acredita.

Em sua opinião, o aumento no número de anos letivos poderá ajudar no desenvolvimento das crianças para o estudo. "Esta série ajudará a dar continuidade na educação e a prepará-las para o ensino fundamental". O acréscimo não significa aumentar a estrutura das escolas de ensino fundamental ou deixar de aproveitar as escolas de ensino infantil, mas sim adaptar os espaços para essas crianças. "Essa mudança do ensino não significa ter novas estruturas e sim fazer a adaptação da criança para uma nova etapa", afirma.

Misturar a educação através do lúdico com os primeiros conteúdos do ensino fundamental ajudará as crianças a se adaptarem ao ritmo da nova fase, afirma a professora Silvia Colello. "Este período, se bem planejado pela escola, poderá estimular os estudantes em vários campos do saber, principalmente na escrita", afirma. A professora alerta que, tanto as escolas quantos os professores, não devem ver o acréscimo como uma transição de conteúdo de um ano para o outro, mas sim um período para ampliação das experiências com os estudantes.

A revisão dos projetos pedagógicos, métodos de ensino, capacitação dos professores são medidas fundamentais para que o novo processo de ensino dê certo. "O acréscimo de um ano é fundamental para o ensino das crianças, porém, como isso se dará efetivamente é o mais importante do projeto", afirma. Ela alerta que a má preparação dos professores para esses conteúdos poderá prejudicar o aprendizado e o desenvolvimento das crianças.

Para o diretor pedagógico do Colégio Nossa Senhora das Graças, Eduardo Roberto da Silva, a medida é apenas uma formalidade, pois, muitas escolas infantis já alfabetizam os estudantes aos seis anos de idade. "Todo esse processo é uma questão de nomenclatura, pois o trabalho de alfabetização é realizado nesta série". Para o diretor, "nesta série o ensino deverá ter foco na educação infantil, papel que poderá ser cumprido pelas escolas de educação infantil".

O colégio que ainda não se adaptou à nova legislação, pretende usar o prazo de 10 anos concedidos pelo governo para implantar a nova série. Para o diretor, o importante é preservar o ensino e o aprendizado das crianças conforme sua idade. "A criança não deve ser submetida a experiências drásticas que possam prejudicá-las", recomenda.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=db2695280af470100140984bb10a7987

Aprendiz

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