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Meninas são maioria nas salas de aula


Publicado pelo Aprendiz 13/03/2006

Estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revela que a presença de meninas na sala de aula é maior que a de garotos. De acordo com levantamento do MEC, as mulheres são maioria nas escolas a partir da 5ª série do ensino fundamental e representam mais de 60% dos alunos que conseguem concluir o ensino superior em todo o país.
Segundo a pesquisa, a presença das mulheres na educação só é menor no início da vida estudantil. Da primeira à 4ª série do ensino fundamental, os garotos somam quase um milhão a mais que meninas.
Segundo especialistas, o maior acesso à instrução não representa igualdade de gênero. Para a gerente de projetos da Secretaria Especial da Política para Mulheres (SPM), Dirce Groz, as diferenças são marcadas desde as primeiras séries de ensino. "Os livros didáticos representam a mulher mais nos espaços domésticos e pouco nos públicos", afirma. Para ela, a tendência de divisão de tarefas sociais ensinada na escola é reforçada também pelas primeiras lições de educação em casa e na rua. "Os brinquedos diferentes influenciam as escolhas quando adultas", diz.
A predominância de mulheres em salas de aula da quinta série do ensino fundamental à faculdade revela um dado preocupante: é grande a evasão escolar do sexo masculino. O quadro deveria ser o contrário, já que os meninos são maioria no início da vida estudantil e na população com até 20 anos de idade. Violência e necessidade de contribuir com o sustento da família são apontadas pelas autoridades em educação como justificativas para o abandono dos estudos pelos rapazes.
Para especialistas na área, o modelo escolar rígido não contempla a necessidade de consumo dos jovens. "Não é agradável ir à escola, e os meninos agüentam menos a cobrança disciplinar porque não vêem benefício em continuar os estudos", afirma a professora Wivian Weller, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.
Em 2003, a professora iniciou pesquisa para saber a perspectiva de retorno de ensino para jovens do movimento hip hop no Brasil e na Alemanha. Wivian constatou as mesmas opiniões nos dois países. "Um aluno de periferia que faz contabilidade e trabalha como balconista ou frentista sabe que o diploma em si não traz mudança de vida para ele. Para que continuar?", questiona.
Para o presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Fernando Silva, os meninos estão mais vulneráveis às explorações no mercado de trabalho. "Eles são as maiores vítimas do trabalho infantil. As meninas só são maioria no trabalho infantil doméstico", conta. De acordo com Fernando, as mortes de jovens por causas externas, como os casos de violência, são outro dado a ser considerado na ausência dos homens na escola.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=e572be750af470100140984bd69d4967

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