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Propaganda para criança deve ser controlada


Publicado pelo Aprendiz 31/03/2006

(Karina Costa)
A publicidade de produtos e serviços voltados para crianças deve ser controlada. A internet, os anúncios e programas de televisão, o material escolar bem como todo ambiente que cerca o cotidiano dos pequenos está bombardeado por propagandas. Além de incentivar o consumo desenfreado, muitas vezes essa propaganda está ligada a alimentos pouco saudáveis. Este foi um dos assuntos debatidos por especialistas durante o 1° Fórum Internacional Criança e Consumo, em São Paulo (SP).

Cereais, iogurte, chocolate, lanches, tampinha premiada. É só consumir, juntar embalagens - pagar, claro - e pronto: dá direito a um brinquedo. Essa é uma das maneiras de agir do meio publicitário para atingir as crianças, público alvo que rende bons lucros às empresas, segundo a advogada Noemí Momberger, autora do livro "A publicidade dirigida às crianças e adolescentes: regulamentações e restrições".

"As crianças consomem de forma ilimitada pois sentem necessidade de ter aquele produto mesmo que esteja vinculado a um alimento do qual não gostam. As propagandas no Brasil devem ser restritas, como na Alemanha ou Suécia, por exemplo. Lá, propagandas com forte apelo ao consumo só podem ser veiculadas em horário posterior às 21 horas", acredita ela.

Segundo uma pesquisa do Instituto Alana, são veiculados na televisão cerca de 40 mil comerciais por ano de apelo ao consumo, todos voltados ao público infantil. A publicidade é regulamentada pelo Código de Defesa do Consumidor, porém o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (CONAR) realiza fiscalização da publicidade só depois de veiculada. "Não existe controle prévio dessas propagandas. Daí, não adianta voltar atrás pois o estrago já foi feito na cabeça das crianças," acha.

Quando não podem consumir o produto, a tendência das crianças é sentir inveja, baixar a auto-estima e até mesmo realizar furtos e roubos. E, aquelas que contam com o consentimento dos pais para consumir, são as maiores vítimas do sobrepeso e da obesidade.


Segundo o professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o pediatra José Augusto Taddei, a industrialização e a urbanização ajudam no sedentarismo. Além disso, as empresas de bens de consumo focalizam cada vez mais seus esforços na criança, associando os produtos ao prazer e a felicidade.

"Dentro desse jogo de possibilidades de atingir a criança, nós, sociedade, devemos agir. Se televisão e games estimulam a preparação de alimentos mais rápidos, devemos incentivá-los a manter outros hábitos tanto alimentares quanto em relação a atividades de lazer. Incentivar para que consumam alimentos cítricos, sem ácido, sem gordura, é uma saída," acredita.

Para ele, a conscientização para o consumo consciente deve ser feita antes que o problema da obesidade aconteça. Do contrário, o Sistema Único de Saúde (SUS) continuará gastando R$ 1,2 bilhões no tratamento de pessoas com sobrepeso e obesidade com medicamentos e procedimentos diagnósticos. "Além disso, não acredito em intervenções pontuais, como as feitas nas escolas. É preciso que sejam garantidas ações mais fortes de trabalho para controlar esse consumo", opina.

O médico conclui dizendo que, para ele, as propagandas devem ser voltadas para os pais. "Eles terão melhor condição de decidir o que é melhor para os seus filhos," defende.

http://aprendiz.uol.com.br/content.view.action?uuid=4c9634780af470100140984b3fccd92d

Aprendiz

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