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Resgate da fantasia infantil deve ser estimulado


Publicado pelo IG/Educação 11/04/2006

(Márcio Oyama)
Com cinco anos, seu filho já pede celular e computador de presente, questiona a invasão americana no Iraque durante o jantar e debate as eleições na sala de aula. Dá para falar com ele sobre coelho da Páscoa? É certo a escola insistir na fantasia toda vez que o "feriado achocolatado" se aproxima?

Sim, diz Carla Menezes, coordenadora da Unidade de Educação Infantil do Colégio Augusto Laranja, em São Paulo. "Hoje em dia, a criança é trazida à realidade muito cedo. Ela vê o jornal na tevê, participa das conversas dos pais. Por isso, resgatar a questão da fantasia é fundamental."

A escola já está inteira enfeitada para receber a Páscoa, com desenhos de coelhos e ovos por todos os cantos. Tudo para criar o suspense. Na quarta-feira, dia 12, aparecerá o tão esperado coelhão. "É preciso acreditar nele nessa fase da vida. É importante para o desenvolvimento infantil", afirma Carla.

A mesma opinião é compartilhada por Marta Bitetti, coordenadora pedagógica da Escola de Educação Infantil Ápice, também na capital paulista. "Assim como o Natal, a Páscoa é uma data propícia para o desenvolvimento da criatividade da criança. Além disso, auxilia os pequenos a lidar com a noção de tempo, já que eles associam a Páscoa à comemoração que chega depois do carnaval, antes da Festa Junina." Marta conta que a Ápice também já está toda decorada com motivos pascalinos.

"Espalhamos as marcas dos passos do coelho pela escola e escondemos bilhetinhos." Atividades relacionadas à data também são desenvolvidas - na Sexta-feira passada, por exemplo, as crianças pintaram cestas de Páscoa.

As duas coordenadoras fazem questão de ressaltar que a fantasia é deixada bem longe das questões religiosas. "Aproveitamos a data para introduzir nas crianças valores positivos, como a solidariedade. Mas nada ligado à religião", adianta Marta. Neste ano, as crianças da Ápice vão doar chocolates e mantimentos para uma instituição de caridade.

"Mostramos o ovo como um símbolo da vida, um incentivo para o recomeço, a retomada. O coelho é passado como a fartura, a fertilidade, a renovação. Tudo isso sem nenhum cunho religioso", emenda Carla. "Temos crianças de várias religiões na escola e cabe aos pais passar a elas os seus valores."

Também é tarefa dos pais manter ou acabar com a fantasia do coelho, diz a coordenadora. "Não acho que seja papel da escola contar se o coelho existe ou não." No entanto, Carla admite: "Na maioria das vezes, a criança descobre sozinha". Hoje, mais do que nunca.

http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/educacao/2336501-2337000/2336621/2336621_1.xml

Agência Estado

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