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Cerimônia ecumênica abençoa águas do Rio Amazonas


Publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo 17/07/2006

Pajés de três povos indígenas e líderes das quatro maiores denominações cristãs abençoaram ontem as águas do rio Amazonas numa cerimônia coreografada para introduzir a dimensão religiosa no debate sobre a preservação da Amazônia.

"A destruição ecológica é um pecado contra Deus e a criação", afirmou o Patriarca Ecumênico de Constantinopla e papa de 250 milhões de cristãos ortodoxos, Bartolomeu I, à bordo da balsa Lady Irene, ancorada próxima ao ponto onde as águas escuras do Rio Negro encontram as águas barrentas do Solimões e seguem separadas por quilômetros já no leito do Rio Amazonas.

Bartolomeu I, que preside desde a sexta-feira um simpósio internacional de uma semana sobre religião, ciência e meio ambiente a bordo do navio Iberostar, foi saudado pelos pajés Raimundo Dessana, Feliciano Boniwa e Estevão Tucano. Com uma dança ritual, acompanhada por sons de flauta, Raimundo abençoou o patriaca, dois cardeais católicos - Roger Etchegaray, enviado do papa Bento XVI, e Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador - o bispo anglicano de Liverpool, James Jones, o reverendo Tor Jorgensen, bispo luterano da Noruega, e os metropolitas ortodoxos de São Paulo, Damaskinos Mansur, e de Buenos Aires, Tarassios. Em breve discurso, no qual desculpou-se por seu português, Raimundo mencionou seu nome católico e sua religião indígena e defendeu os direitos dos povos nativos na Amazônia.

AÇÃO DE GRAÇAS

Acompanhada de onze embarcações por dezenas de cientistas, ecologistas, representantes de governos e jovens de países vizinhos que retraçaram o caminho fluvial do conquistador Francisco Arellana, a cerimônia incluiu a recitação do Salmo 136, uma ação de graças pelas maravilhas criadas por Deus, feita pelo cardel Agnelo, e a entrega de um ícone da Virgem Maria e do menino Jesus pelo patriarca Bartolomeu I ao arcebispo de Manaus, d. Luiz Soares Vieira, para ser exposto na catedral da capital amazonense.

ATOLAMENTO

Os participantes do simpósio começaram a conhecer no sábado as dificuldades e desafios da preservação e da exploração dos recursos da Amazônia numa instrutiva viagem de avião fretado e de ônibus a uma área próxima a Santarém, no Pará, na qual não faltou um atolamento na estrada lamacenta de uma perua que levava os dois cardeais católicos e outros líderes religiosos.

A expedição incluiu uma visita a um dos campos de cultivo de soja ilegalmente estabelecidos nos últimos seis anos no que era antes floresta virgem e à aldeia Maguari, um lugarejo às margens do Rio Tajapós onde cerca de oitenta famílias sobrevivem precariamente produzindo peças rudimentares de artesanato e couro vegetal com a resina da borracha extraída dos seringais. Recebido com festa e uma dança típica, o patriarca distribuiu santinhos da Virgem Maria.

http://www.estado.com.br/editorias/2006/07/17/ger-1.93.7.20060717.8.1.xml

Jornal O Estado de S. Paulo

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