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Sobram isenções na Fuvest


Publicado pelo O Estado de S.Paulo 31/07/2006

Procura por inscrição gratuita não chegou nem à metade e prazo para pedido será ampliado

Mesmo com a mudança no vestibular deste ano - que dará bônus a alunos de escolas públicas -, a Fuvest não conseguiu candidatos nem para a metade do número de isenções da taxa de inscrição oferecidas a carentes. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)também teve procura menor neste ano para o benefício. E os números da Universidade Estadual Paulista (Unesp) mostram que há algum tempo sobram vagas para isentos em seu vestibular.

Para o diretor da Fuvest, Roberto Costa, o programa Universidade para Todos (ProUni) do governo federal pode ser um dos impedimentos para o sucesso das isenções neste ano. Foram oferecidas 65 mil, mas só 25 mil se interessaram. "Os alunos acham mais fácil enfrentar o vestibular de uma universidade privada e conseguir a bolsa do ProUni."

O programa ofereceu só em São Paulo neste ano 36.775 bolsas, entre parciais e totais, em centenas de universidades. No País, foram mais de 100 mil. Já as três universidades estaduais paulistas têm cerca de 18 mil vagas a cada ano em seus vestibulares.

Em algumas instituições, para conseguir a bolsa do ProUni nem é preciso fazer provas. É só comprovar renda baixa e o ensino médio em escola pública. Para o processo seletivo do segundo semestre de 2006, 51.313 estudantes paulistas se inscreveram, quando havia 8.884 bolsas.

"Para o aluno de escola pública, a melhor faculdade é a que fica perto de casa, porque é a que ele conhece", diz o estudante Diego Roberto da Silva, de 20 anos, que estudou em escola estadual e hoje cursa Química e Física na Unicamp. Ele diz que só se interessou pela universidade depois que começou a estuda em um cursinho comunitário. "O professor não fala sobre Fuvest, Unicamp e Unesp na escola. A gente nem sabia o que era isso."

Diego agora vai começar a trabalhar em um programa da Unicamp que divulga o vestibular na rede e incentiva os alunos a participar. São Paulo tem mais de 480 mil alunos matriculados no último ano do ensino médio público.

"Isso é achismo", diz o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Nelson Maculan. Para ele, o ProUni abre oportunidades para que os que não conseguem ingressar nas públicas e não necessariamente afasta alunos dessas instituições. "Nem o estudante da rede nem o professor acreditam que ele pode conseguir entrar na USP, por exemplo", diz a secretária estadual de Educação, Maria Lúcia Vasconcelos. Para ela, a baixa procura para isenções mostra que é preciso trabalhar a auto-estima no ensino médio público de São Paulo.

Os números indicam um pequeno crescimento entre os carentes que ingressam em universidades públicas. A Unicamp, desde que iniciou um programa para dar bônus a alunos de escolas públicas, negros e índios, aumentou em três pontos porcentuais a aprovação desses estudantes. "Está claro que as cotas não são a solução; não adianta reservar 50% das vagas para alunos de escola pública se não há demanda", diz o coordenador do vestibular na Unicamp, Leandro Tessler.

Atualmente a USP tem cerca de 20% de seus alunos vindos da rede pública e pretende aumentar esse índice para 30% com a mudança no vestibular deste ano. Na busca pelos candidatos, reabriu o processo seletivo para isenções e receberá interessados neste fim de semana e no próximo, entre as 8 e as 17 horas. Os locais para inscrição estão no site www.fuvest.br. Os isentos deixarão de pagar uma taxa de cerca de R$ 100.

http://txt.estado.com.br/editorias/2006/07/31/ger-1.93.7.20060731.10.1.xml

O Estado de S.Paulo

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