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MEC passará a avaliar os cursos tecnológicos


Publicado pela Folha Online 31/07/2006

(ANTÔNIO GOIS)
Os cursos tecnológicos --de nível superior, mas com curta duração-- agora também serão avaliados pelo Ministério da Educação por meio do Enade (exame que substituiu o Provão). Isso passará a ser possível a partir do anúncio que o MEC fará nesta segunda, quando será divulgado um catálogo de denominações desses cursos.

A avaliação é mais uma tentativa do governo de fazer deslanchar uma modalidade de curso que ainda é vista com muita desconfiança por boa parte dos alunos e dos empregadores: os cursos de curta duração voltados para uma área de formação específica e com a finalidade de garantir inserção rápida no mercado de trabalho.

Segundo o ministério, o catálogo permitirá que mais de 1.300 denominações diferentes sejam convergidas, inicialmente, para 95. Em muitos casos, são cursos com nomes distintos, mas que preparam o mesmo perfil de profissional.

Os cursos tecnológicos passaram por um rápido crescimento, especialmente pela via privada, de 1998 a 2004. Nesse período, o número de matrículas aumentou 170%. Em 1998, eram 56.822 estudantes. Em 2004, passaram a ser 153.307. Esse total representa somente 3,7% do total de estudantes no ensino superior brasileiro.

"Nos Estados Unidos, o percentual de cursos de curta duração ultrapassa 40% do total do ensino superior. O mesmo acontece em vários países europeus. O país precisa de tecnólogos. Em áreas como turismo, agronomia ou informática, por exemplo, há carência de pessoal qualificado, mas, em virtude de o diploma nesses cursos nem sempre ter respeitabilidade pública, as empresas acabam preferindo contratar um profissional que tenha feito um curso tradicional", afirma o ministro Fernando Haddad.

A falta de receptividade do mercado a esse tipo de curso é clara quando se compara o percentual de vagas preenchidas nos últimos anos. Em 1998, era de 79%. Em 2004, caiu para 47% porque a oferta de vagas cresceu num ritmo maior do que a procura. Um exemplo disso ocorreu nesta semana, quando a PUC-SP cancelou sete dos seus dez novos cursos tecnológicos por falta de candidatos. Havia 1.050 vagas, mas apenas 295 foram preenchidas.

Especialistas divergem em relação à eficácia das novas medidas, mas concordam que há, no Brasil, uma cultura do bacharelado, que valoriza apenas o diploma de cursos tradicionais de graduação.

Para o consultor Carlos Monteiro, o controle da qualidade é necessário, mas depende de como será feito. "A idéia do MEC pode ser muito boa, mas há o risco de pasteurizar e inibir uma das principais características desses cursos, que é a capacidade de inovação."

Na avaliação de Maria Tereza Franzin, diretora de graduação do Centro Universitário Senac, a avaliação era necessária: "Há um grande desconhecimento por parte dos alunos e das empresas sobre o que significa essa modalidade de curso."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u18840.shtml

Folha de S.Paulo

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