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É difícil conciliar estudo e trabalho


Publicado pela Folha de S.Paulo 01/08/2006

"Acabo o trabalho cansada, é difícil conciliar com o estudo." Para Rosicleide Rodrigues da Silva, 22, esse foi o motivo de ela ter sido reprovada no ano passado na primeira série do ensino médio, em uma escola estadual em São Mateus (zona leste de São Paulo).
Como já estava fora da idade ideal para cursar o ensino médio, Rosicleide decidiu entrar no supletivo neste ano. E foi reprovada novamente, devido ao excesso de faltas.
A estudante trabalha das 8h às 19h em um consultório dentário. "É difícil ter ânimo depois para estudar. E quem trabalha não tem tempo para fazer os trabalhos que os professores pedem", conta. "Muita gente desiste. Mas estou insistindo, porque eu preciso me formar para melhorar."
Também aluno da rede estadual, Vinicius Teixeira de Carvalho, 19, afirma que vários colegas reprovam "por birra".
"Os que repetem é porque brigaram com o professor e decidem não entregar os trabalhos, por birra", diz o estudante, que está no terceiro ano do ensino médio de uma escola estadual de Osasco (Grande São Paulo). "A maioria dos alunos não tem interesse e não cobram muito do professor. É até fácil passar de ano."

Mudança
Já para o professor Antonio de Oliveira, que leciona em escolas estaduais na região sul da cidade, os próprios educadores cansaram aprovar os alunos "que mal são alfabetizados".
"Para o governo, é melhor aprovar todo mundo, porque melhora os índices. Mas os professores se cansaram disso", diz Oliveira, que foi professor de sociologia e filosofia na rede estadual por dez anos e agora prefere lecionar educação física. "É [a disciplina] a que os alunos mais dão importância. O ensino está desvalorizado."
Uma desvalorização no ensino também é citada pela presidente da Associação Estadual de Pais e Alunos, Hebe Tolosa. "Não há professores suficientes para disciplinas como matemática, física e química, em que os alunos mais repetem."
Aliado a esses problemas, Tolosa cita o próprio perfil do aluno do ensino médio. "Em geral, ele já trabalha. E como a escola é ruim, ele não vê motivo para estar ali."

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0108200611.htm

Folha de S.Paulo

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