Empresa leva cultura para estrada que administra |
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Publicado pelo Aprendiz 08/08/2006 |
(Karina Costa)
Crianças, jovens, adultos e idosos. Todos em busca de um programa comum que lhes garantissem risos, gargalhadas e muita emoção. Encontraram. Palhaços, bonecos exóticos, performances acrobáticos e de dança, boas piadas e boa música. É a magia do circo que invadiu a cidade.
A ousadia e a vontade de fazer rir dos palhaços contagiaram todos os presentes no Circo Roda Brasil - que faz temporada até outubro em São Paulo com o espetáculo Stapafúrdyo. Um mestre de cerimônia circense ficou encarregado de apresentar as entradas dos palhaços atrapalhados. Cada esquete trazia uma nova surpresa. Palhaços disputando quem dançava melhor com bailarinos que misturavam street-dance com números acrobáticos e aquele que sempre atrapalhava a performance da banda musical. Os números hilários garantiam aplausos a todo o momento. Até o palhaço mal humorado da trupe era aplaudido.
E a interação com o público não demorou. Em um dos números, os palhaços armaram um jogo de futebol no picadeiro. As traves do gol eram formadas por crianças da platéia bem como a barreira e o próprio jogador que bateu o pênalti. As crianças não paravam de chegar. Vinham de todas as partes das arquibancadas. Nem mesmo os palhaços agüentaram a cena e começaram a rir sem parar pelo tumulto que se formou. Finalmente, terminada a escalação, partiram para a cobrança e o gol só foi marcado quando o palhaço que manipulava a bola no pé do menino bem quis. Sátiras à Copa do Mundo não faltaram. Um dos palhaços, no momento da jogada, abaixou e arrumou o meião. Outro, no meio da confusão, tomou uma cabeçada no peito.
Intercalando as apresentações dos reis do riso, os demais artistas se revezavam em apresentações que mesclavam números acrobáticos com dança de rua, saltos na cama elástica, paradas de mão, lira, contorcionismo e trapézio. Faziam parte do cenário uma banda com guitarrista, tecladista e percussionista que compunham a trilha sonora ao vivo para o espetáculo. Não foram os animais costumeiros de um circo que fizeram a graça da noite. Havia, claro. Só que em forma de bonecos infláveis. Coisa que não deixou a desejar. Até porque onde se encontraria animais como a giravaca (mistura de girafa com vaca), o porcoleta (mistura de porco com borboleta) e a cadelinha poodle sanfona?
Um dos números aéreos emocionou em especial o público presente. O artista foi alçado ao ponto mais alto da lona circense e, em seguida, pairou sob o público. O espetáculo não parou por aí. No meio do número, eis que surge a atriz Verônica Ned - talvez uma das menores mulheres do mundo com apenas 90 cm, que nada deixou a desejar: o poder da voz da pequena atriz encantou a todos que a aplaudiram incessantemente.
O espetáculo, montado pelas companhias teatrais Parlapatões e Pia Fraus, se repete em cada uma das pequenas cidades por onde passam as estradas administradas pela Companhia de Concessões Rodoviárias. Desde 2004, a empresa desenvolve o projeto CCR Cultura nas Estradas que leva atrações culturais itinerantes para as regiões onde trabalham. Tudo começou quando a empresa fez um levantamento em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba e constatou que 62% dos municípios não têm salas de cinema, teatros e outros espaços para lazer e entretenimento.
O primeiro projeto foi o Cine Tela Brasil, um cinema itinerante idealizado pelos cineastas Laís Bodansky e Luiz Bolognesi. De 2004 para cá, o projeto já passou por 68 cidades oferecendo cinema brasileiro de graça para mais de 160 mil pessoas das classes C e D.
"Ao criar o projeto CCR nas Estradas, buscamos proporcionar às pessoas que muitas vezes nem sequer viram uma tela de cinema acesso ao melhor da cultura nacional, com qualidade, conforto e segurança. Já apostamos no cinema nacional, na música, em exposições de arte e agora chegou a vez do circo. O nosso grande objetivo é contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico e cultural do país", explica Renato Vale, presidente da CCR.
O Cine Tela Brasil ainda vai passar por 12 cidades do Paraná, percurso que vai até outubro. Quando acabar, é a vez do circo que já i
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