Cresce o número de jovens eleitores no Brasil |
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Publicado pelo Aprendiz 31/08/2006 |
(Cássia Gisele Ribeiro )
Os jovens com idade entre 16 e 17 anos querem votar, ainda que não sejam obrigados a comparecer às urnas no dia 1º de outubro. É o que mostram três pesquisas realizadas no país, durante os meses que precedem as eleições que vão escolher novos nomes para presidente da República, governador, senador e deputados federal e estadual.
O número de jovens que retirou o título de eleitor em 2006 é recorde. De acordo com estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mais de três milhões de adolescentes estão aptos a votar em outubro, quase um milhão a mais do que em 2002, ou seja, um crescimento de 45%.
Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o maior crescimento proporcional de eleitores no Brasil ocorreu nessa faixa etária. O Rio de Janeiro foi um dos locais que apresentou o maior crescimento: 63,6%.
Para a vice-coordenadora da campanha Voto Consciente, Rosângela Giembinsky, ainda que o aumento tenha sido significativo, o número poderia ser bem maior. "Só se fala em eleições, especialmente após os escândalos no Congresso. É natural que o jovem apresente alguma posição e queira expressá-la nas urnas", afirma. "No entanto, o número de jovens nas urnas e as campanhas de indignação são pouco consistentes".
Brasília foi o local que apresentou o índice mais baixo. No entanto, uma pesquisa promovida pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), no primeiro semestre deste ano, mostrou que há um encaminhamento do jovem para esse processo, ainda que de forma mais lenta.
O Iesb entrevistou 1.060 pessoas, sendo 369 idosos e 691 jovens com idade entre 16 e 17 anos. A maioria da amostra jovem da pesquisa (61,6%) declarou que pretende votar. Outros 24,5% ainda não decidiram se irão às urnas e 13% não têm intenção de votar de jeito nenhum. Os que não querem votar apontam a falta de segurança e a ausência de candidatos honestos e competentes como maiores justificativas.
Para Giembinsky, a proximidade com o poder federal pode ser um dos fatores que justificam essa falta de confiança entre os jovens que estão mais próximos dos Três Poderes. "A juventude desconhece as eleições como forma de participação política, relacionando política apenas aos escândalos que acontecem no Congresso", lamenta.
Para grande parte dos entrevistados, o voto tem grande importância. Para 80% dos jovens, o voto representa chance de mudanças, exercício da cidadania ou esperança. Apenas 4,6% dizem que votar é inútil.
Outro estudo: Juventude, juventudes: o que a une e o que a separa, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), revela que 68,8% dos jovens de 15 a 29 anos entrevistados acreditam que o voto pode mudar a situação do país e 66,6% afirmaram não ser aceitável não votar nas eleições.
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